TECNOLOGIA

União Europeia vai superar metas na produção de energia limpa 

Alemanha, França e Itália lideram investimentos na produção de energia eólica e solar

Por: Lucas Saba
Da redação | 28 de fevereiro de 2023 - 21:55

Os 27 países que integram a União Europeia devem superar as metas previstas, até 2030, para produção de energia limpa. De acordo com a previsão anunciada, em 2021, pelo Conselho Europeu, em Bruxelas, os países do bloco deveriam ter, até o final da década, 40% da energia produzida por fontes limpas, como a eólica e solar.

Mas os cálculos atuais indicam que essa meta será ultrapassada e a produção de energia de fontes não poluentes deve chegar a pelo menos 45%. A mudança se deve ao grande número de instalações para produção de energia solar e eólica, nos países do bloco europeu.

Diante dos cortes no fornecimento de gás e petróleo impostos pela Rússia como resposta às sanções aplicadas pelo Ocidente, os países europeus fizeram grandes investimentos em usinas eólicas e solares. E isso vem reduzindo a queima de combustíveis fósseis não apenas no transporte, mas também no aquecimento de casas, apartamentos e sedes de empresas.

A Alemanha, França, Itália, Holanda, Espanha e Polônia lideram os investimentos no setor. Em 2022, a produção de energia solar no bloco alcançou um total de 40GW e, para 2023, está previsto um teto de 50GW. A produção de energia eólica aumentou em 40%, alcançando uma capacidade instalada de 70GW.

Reino Unido terá usina para capturar carbono 

O governo do Reino Unido deve anunciar nas próximas semanas uma usina inovadora. O projeto prevê a captura do carbono impedindo assim que a maior parte do CO2 produzido seja liberado na atmosfera. A ideia é reutilizar ou armazenar o dióxido no subsolo. De acordo com o Global CCS Institute, existem dezenas de projetos de usinas de captura no mundo, porém apenas a de Boundary Dam, no oeste do Canadá, está em operação atualmente.

O governo do Reino Unido quer uma nova estação de energia onde o dióxido de carbono seja capturado e armazenado sob o Mar do Norte – seja em antigos reservatórios de petróleo e gás ou em rochas permeáveis ​​conhecidas como aquíferos salinos.

Usina de Carbono

Reino Unido pretende criar usina para capturar o carbono. (Crédito: Pexels)

As usinas de captura fazem parte do compromisso do governo de remover o carbono da produção de eletricidade do Reino Unido até 2035. As autoridades esperam construir pelo menos uma até meados da década de 2020, embora esse prazo agora pareça improvável.

As usinas de captura de carbono são vistas como parte da solução, juntamente com o aumento do uso de energia nuclear e outras tecnologias em rápida evolução, como o hidrogênio.

Existem três propostas em consideração no Reino Unido: uma em Keadby, no norte de Lincolnshire, e duas perto de Redcar, em Teesside. Todos exigiriam a construção de um oleoduto para transportar o CO2 capturado sob o Mar do Norte para armazenamento.

Em 2021, o Reino Unido emitiu 425 milhões de toneladas de CO2. Isso caiu quase 50% desde 1990. A quantidade capturada nessas usinas é muito menor do que esse número.

Nenhuma das três usinas de captura de carbono propostas afirma capturar mais de dois milhões de toneladas por ano.
O governo estabeleceu uma meta para capturar entre 20 e 30 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030. Isso pode envolver outros processos industriais, bem como a geração de energia.

Custos da operação

O custo de uma nova estação de energia a gás em Keadby, fornecendo eletricidade para quase um milhão de residências, é de £ 350 milhões.

A esperança é o preço cair com o tempo. O custo da energia renovável, por exemplo, despencou na última década.
Há aqueles que consideram a captura de carbono muito cara e o dinheiro poderia ser melhor gasto em fontes renováveis ​​e armazenamento de energia.

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