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Guerra nas Estrelas: EUA prontos para travar batalhas no espaço

General americano afirma que, diante dos preparativos da Rússia e China, os EUA também desenvolveram recursos para a guerra espacial

Por: Carlos Taquari
Da redação | 29 de maio de 2023 - 20:55
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O general-brigadeiro, Jesse Morehouse, chefe do Comando Espacial dos Estados Unidos, afirmou que o país está pronto para travar um conflito no espaço extraterrestre, caso isso seja importante para garantir a segurança não apenas dos EUA, mas também de seus aliados.

De acordo com o general, há indícios de que a Rússia e a China têm planos para se tornarem as potências dominantes no espaço e que esperam conquistar esse avanço até o meio desse século. Diante dessa possibilidade, disse Morehouse, os Estados Unidos “não têm outra opção” senão a de se preparar para esse tipo de conflito.

Num encontro com jornalistas na Embaixada dos Estados Unidos, em Londres, o general foi mais longe. Disse que, se necessário, as forças sob seu comando poderiam iniciar “esta noite” um confronto no espaço extraterrestre.

“Se os Estados Unidos, os interesses do país ou de seus aliados com os quais temos tratados de defesa mútua, em algum momento forem ameaçados, estamos prontos para lutar até mesmo nesta noite”, declarou Morehouse.

Pelo menos quatro países, os Estados Unidos, Rússia, China e Índia, já realizaram testes para uso militar de satélites. Entre outras experiências, mísseis foram disparos da Terra contra satélites no espaço. Mas seria um avanço normal fazer os disparos dos próprios satélites.

Guerra nas Estrelas: EUA prontos para travar batalhas no espaço

Mas essas experiências deixaram um grande volume de detritos no espaço, o que significa uma ameaça ao funcionamento dos satélites de comunicação de todos os países. Daí o fato de terem sido suspensos, pelo menos nos EUA.

Já faz algum tempo que os satélites desempenham um papel fundamental para inúmeros setores, como os sistemas bancários, nas comunicações e para os serviços de inteligência, principalmente das grandes potências. Também são essenciais para a navegação aérea e marítima.

Isto significa que, um eventual conflito no espaço, que levaria à destruição de inúmeros satélites, teria consequências dramáticas na Terra.

Em 2021, durante uma de suas experiências, a Rússia destruiu um de seus satélites, espalhando milhares de fragmentos no espaço. Esses detritos permanecem em órbita ao longo de décadas, criando um sério risco para todos os países.

Segundo os serviços de inteligência dos Estados Unidos, a Rússia e a China estão trabalhando no projeto de uma nave espacial com tecnologia voltada para a destruição de satélites.

Em 2020, os Estados Unidos acusaram a Rússia de disparar um projétil contra um dos satélites de espionagem norte-americanos. O míssil não atingiu o alvo, mas o episódio foi visto como um sinal de alerta de que os russos também estão se preparando para uma guerra espacial.

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