SAÚDE
(Foto de Google DeepMind, na Unsplash)

Neuralink, de Elon Musk, poderá fazer implantes cerebrais

Empresa vai testar em humanos os chips que podem restaurar a visão ou a mobilidade

Por: Carlos Taquari
Da redação | 26 de maio de 2023 - 20:55
(Foto de Google DeepMind, na Unsplash)

A FDA, a agência que fiscaliza alimentos e remédios nos Estados Unidos, autorizou a empresa Neuralink, do empresário Elon Musk, a realizar testes em pessoas com os implantes de chips no cérebro.

Os chips foram desenvolvidos com o objetivo de restaurar a visão e a mobilidade de pessoas com deficiências. O princípio básico do funcionamento é a conexão digital entre o chip cerebral e um computador, que dará os comandos.

Os chips, já testados em chimpanzés, interpretam sinais produzidos no cérebro e transmitem os dados via Bluetooth. De acordo com a Neuralink os implantes poderão ajudar no tratamento de pessoas com deficiência visual ou paralisia, além de permitir que pessoas com problemas motores utilizem computadores e outros aparelhos digitais.

Especialistas alertam que os implantes da Neuralink devem passar por testes exaustivos com o objetivo de garantir a segurança e tranquilidade dos eventuais pacientes.

Ao anunciar a autorização da FDA, a empresa disse acreditar que “esse importante primeiro passo um dia possa permitir que esta tecnologia venha a ajudar muitas pessoas”. A empresa espera divulgar em breve os planos para os testes em voluntários. O comunicado acrescenta, ainda, que o projeto tem como princípios básicos a “segurança, acessibilidade e confiança” de todos os envolvidos na iniciativa.

Pioneirismo na Suiça

Gert-Jan Oskam volta a andar após 12 anos. (Foto: EPFL, Lausanne University)

O anúncio da Neuralink foi feito poucos dias depois que pesquisadores suíços divulgaram imagens de um homem vitima de paralisia que voltou a caminhar graças a um implante cerebral.

Gert-Jan Oskam, um holandês de 40 anos, sofreu um acidente de bicicleta, há 12 anos, que tirou a mobilidade de seus braços e pernas. Agora, com o implante de um dispositivo eletrônico no cérebro, ele transmite seus pensamentos para as pernas e os pés. A comunicação é feita por meio de um segundo implante na espinha dorsal.

“Me sinto como um bebê, começando a aprender a andar novamente. Foi uma longa jornada, mas agora posso me caminhar e tomar uma cerveja com os amigos. É uma alegria que muitas pessoas não conseguem imaginar”, disse Oskam.

O resultado dessa experiência, conduzida por pesquisadores da Universidade de Lausanne, na Suíça, liderados pela Profa. Jocelyne Block, foram publicados pela revista científica Nature

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