Governo norte-americano mantém prazo para companhias adotarem sistemas contra interferências
Os Estados Unidos não vão prolongar o prazo para que as companhias aéreas reequipem os aviões com novos sensores para lidar com a possível interferência do sistema 5G. O secretário de Transportes, Pete Buttigieg, afirmou que a data de 1 de julho permanece em vigor. O anúncio veio após as companhias aéreas alertarem que podem não conseguir cumprir o prazo e poderão ser obrigadas a causar interrupções em viagens.
No país, as frequências usadas para o 5G fazem parte do espectro conhecido como C-Band. De acordo com a Federal Aviation Administration (FAA) a nova tecnologia sem fio pode interferir nos altímetros das aeronaves, que medem a altura de um avião acima do solo.
Em uma ligação com as companhias aéreas, Buttigieg disse para as empresas que trabalhem rapidamente para modernizar seus aviões antes do prazo. A escolha do prazo do dia 01 de julho, foi tomada após vários adiamentos.
No ano passado, as grandes empresas de tecnologia, como Verizon e AT&T, concordaram em adiar o lançamento da tecnologia 5G para que as companhias aéreas tenham tempo de atualizar seus altímetros.
Desafios e críticas
Por outro lado, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que representa mais de 100 companhias aéreas que voam dentro e fora dos Estados Unidos, alertou que não estender o prazo novamente pode tornar interrupções de voos muito prováveis.
“Problemas na cadeia de suprimentos tornam improvável que todas as aeronaves possam ser atualizadas até o prazo de 1º de julho, ameaçando interrupções operacionais durante o pico da temporada de viagens”, anunciou a associação.
Ainda de acordo com a IATA o custo estimado para atualizar aviões é de 638 milhões de dólares. “As companhias aéreas não criaram esta situação. Elas são vítimas do mau planejamento e coordenação do governo”, diz a nota da IATA.