O Fundo Monetário Internacional divulgou nesta terça-feira as previsões de crescimento das principais economias do mundo para este ano. O Reino Unido deve ter o pior desempenho econômico entre os países do G20, com uma retração de 0,3%. O FMI também reduziu a perspectiva de crescimento do Brasil para este ano para 0,9% em seu relatório Perspectiva Econômica Global, bem abaixo do cenário visto para a América Latina e Caribe. Se esse número se concretizar, ficará bem inferior ao índice alcançado no ano passado, que foi de 2,9%.

Além da previsão do FMI, de 0,9%, há outros três dados diferentes sobre o crescimento do Brasil, em 2023. De acordo com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o país vai crescer 1,4%. Segundo o Ministério da Fazenda, o índice será de 1,6% e, para o Banco Central, será de 1,2%.

Em relação ao Reino Unido, o crescimento econômico do país em 2023, com a retração de 0,3%, se torna ainda mais decepcionante diante do fato de que todos os seus vizinhos ou os parceiros no G20 vão registrar crescimento, ainda que bastante lento: China: 5,2% ( o melhor desempenho no grupo); Estados Unidos: 1,6%; Canadá: 1,5%; Japão: 1,3%; França: 0,7%; Itália: 0,7%; Rússia: 0,7%; Espanha: 1,5%; Portugal: 1%. A outra exceção no grupo é a Alemanha, que deve registrar uma retração de 0,1%.

O FMI também alertou para um “caminho acidentado” para o sistema financeiro global, após uma série de falências de bancos. O Fundo já havia previsto que o Reino Unido passaria por uma desaceleração este ano e ficaria em último lugar no G7, que liderou em 2022 durante a recuperação no pós pandemia.

Respondendo o relatório do FMI, o secretario do tesouro do Reino Unido, Jeremy Hunt, disse: “Nossas previsões de crescimento do FMI foram atualizadas mais do que qualquer outro país do G7. O FMI agora diz que estamos no caminho certo para o crescimento econômico. Seguindo o plano, reduziremos a inflação em mais da metade este ano, aliviando a pressão sobre todos.”

Para o FMI o crescimento global caiará de 3,4% em 2022 para 2,8% em 2023, antes de subir lentamente e se estabelecer em 3% em cinco anos. Mas alertou, se houver mais colapsos no setor financeiro, o crescimento global poderá enfraquecer ainda mais este ano.