INTERNACIONAL

O alto preço pago pela guerra, em todos os países

Europeus estão entre os mais afetados pela crise. Brasil não está entre os mais atingidos

Por: Carlos Taquari
Da redação | 22 de setembro de 2022 - 21:56

A Alemanha, o poderoso motor da economia na Zona do Euro, terá um modesto crescimento, em 2022, que deve se situar entre 1,1 e 1,4%, segundo dois dos mais importantes institutos de pesquisa do pais, Kiel e Halle. Uma queda acentuada, em comparação com o índice de 2,8% do PIB, em 2021. Não bastasse esse recuo, os alemães ainda estão às voltas com uma inflação de 7,9%, que tende a aumentar ainda mais até o final do ano, diante da elevação nos preços de energia e alimentos. Pela forte dependência que tem do fornecimento de gás da Rússia, que decidiu cortar os envios, a Alemanha é o pais mais prejudicado pelas consequências da guerra, na Europa Ocidental.

A França, segunda maior economia na Zona do Euro, está numa situação um pouco melhor que a Alemanha, principalmente porque sua principal fonte de energia vem das usinas nucleares. Além de não depender da Rússia, a França ainda consegue ajudar seus vizinhos, exportando excedentes de energia, embora em pequena escala. O crescimento previsto para o PIB francês, para 2022 é de 2,4%. E a inflação gira em torno de 5,8%.

O alto preço pago pela guerra

Alemães, os mais prejudicados na Zona do Euro.

A Itália deve registrar um aumento no PIB de 2,5%, ligeiramente melhor que a França. Mas a inflação que chegou ao patamar de 8,4%, em 12 meses, em Agosto, deve alcançar 9%, até o final do ano, a maior em 36 anos. A escalada inflacionária, que reduziu o poder de compra dos consumidores é apontada como uma das causas da ascensão da extrema-direita nas pesquisas para as eleições parlamentares, marcadas para o próximo domingo. A eleição deve levar ao poder a líder do partido Irmãos da Itália, Giorgia Meloni.

Dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) indicam que o PIB global, em 2022, deve ficar em torno de 3%. De maneira geral, houve uma redução na atividade econômica em todos os países, afetados pela redução no fornecimento de grãos pela Ucrânia, por conta da guerra com a Rússia, além do corte nas entregas de gás e petróleo. A queda no PIB se reflete na qualidade de vida das famílias, que perdem poder aquisitivo e, em muitos países, enfrentam o desemprego.

Situação do Brasil 

No Brasil, os dados do IBGE registram um crescimento de 1,2% no segundo trimestre de 2022, o quarto resultado positivo consecutivo. No primeiro semestre deste ano, o PIB acumula alta de 2,5% e a previsão é de que o país feche o ano com um crescimento de 2,6%. Em Agosto, a inflação registrou uma queda de 0,36% e ficou no índice de 6,7% para este ano ou 8,73% para os últimos 12 meses.

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