Objetivo é reforçar as linhas de defesa contra as forças ucranianas
O chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse que sua organização começou a treinar civis na fronteira com da Rússia com a Ucrânia, para formar uma nova milícia e construir barricadas.
“Wagner está ajudando e continuará ajudando a população a construir estruturas de engenharia, treinar e organizar uma milícia”, disse Prigozhin, segundo a assessoria de imprensa de sua empresa Concord. Ele completou falando que “um grande número de pessoas já está pronto para defender sua terra”.
Prigozhin, amigo pessoal do Presidente Vladimir Putin, comentou que o principal objetivo da organização é começar a construir escolas de treinamento nas regiões de Belgorod e Kursk, dois locais que têm recebido ataques de ucranianos.
Insistindo que “todo russo tem o direito de defender sua pátria como bem entender”, o líder da Wagner vai direto ao assunto: “Se você quer paz, prepare-se para a guerra”.
Autoridades ucranianas afirmam que Prigozhin está enviando milhares de soldados recrutados em prisões russas para a linha de combate.
Além de comandar o grupo mercenário, Prigozhin atua em vários empreendimentos na Rússia, o que o tornou bilionário. Amigo de longa data de Vladimir Putin, ele costuma se vangloriar pela proximidade com o presidente e ignora as insinuações de que o sucesso de seus empreendimentos se deve a essa amizade. Entre outros setores, suas empresas operam na venda de uniformes e alimentos para as forças armadas russas, além de material para escolas.
O chefe do grupo mercenário, que também é acusado há muito tempo de comandar uma fábrica de desinformação e fake news para influenciar votos em vários países ocidentais. Prigozhin foi parar na capa de jornais do mundo inteiro, nos últimos dias, quando admitiu que agentes russos “já interferiram, estão interferindo e vão continuar interferindo” nas eleições dos Estados Unidos. Ele não revelou detalhes dessa interferência ou para que partido os agentes trabalham.