COMPORTAMENTO
Fotos: Playboy

Liberté, egalité, mas….nada de fraternité….Ministra é alvo de pesadas críticas

Liberdade, igualdade e fraternidade, o lema da revolução francesa, não valeu para a ministra que foi capa da Playboy

Por: Carlos Taquari
Da redação | 22 de abril de 2023 - 20:55
Fotos: Playboy

Liberté, Egalité, Fraternité! (Liberdade, Igualdade, Fraternidade!) o lema da Revolução Francesa não valeu para a ministra da Economia Social e da Vida Comunitária, Marlène Schiappa, que resolveu dar entrevista para a Playboy e foi capa da revista. Para a publicação, foi um sucesso, com recorde de vendas, mas para a ministra tem sido um tormento. A primeira edição da revista, com 100 mil exemplares, esgotou em apenas três horas e logo foram impressos mais 60 mil exemplares.

Nas 12 páginas da entrevista, a ministra posa com vários trajes, mas nada de fotos muito íntimas. Em suas declarações, ela defende o direito das mulheres e, principalmente, o “direito de fazer exatamente o que quiserem”.

Embora soe como uma defesa antecipada, isso não adiantou. Marlène Schiappa, de 40 anos, vem recebendo uma enxurrada de críticas, inclusive de seus colegas no governo.

A primeira-ministra Elisabeth Borne considerou a entrevista como “não exatamente apropriada”, no contexto da atual crise social. Ela, certamente, se referia às greves e protestos promovidos pelas centrais sindicais contra as mudanças no sistema de aposentadorias.

Por sua vez, a ministra da Igualdade entre Mulheres e Homens, Isabelle Rome, criticou a decisão da colega de aparecer na Playboy, uma revista que ela considera como “um compêndio de todos os estereótipos sexistas”.

“Eu pergunto: porque você escolheu a Playboy para defender os direitos das mulheres, quando estamos enfrentando uma cultura da mulher objeto?”, declarou Rome em entrevista ao jornal Le Figaro. 

Marlène Schiappa. Ministra francesa: sucesso de vendas para a revista. (Foto-montagem: Playboy)

Ministra francesa: sucesso de vendas para a revista. (Foto-montagem: Playboy)

Integrantes da oposição também não pouparam críticas à ministra. O líder da extrema-esquerda, Jean-Luc Mélenchon, chegou a levantar a hipótese de que a entrevista tenha sido planejada como uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção da crise atual, provocada pela reforma da previdência.

Em resposta às críticas, Schiappa publicou no Twitter: “A defesa dos direitos das mulheres de controlar seus corpos deve estar em todo lugar e todo o tempo. Na França, as mulheres são livres. Não importa os retrógrados e os hipócritas”.

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