The Washington Post

O executivo-chefe da Meta, Mark Zuckerberg, vem tentando reanimar os funcionários, após várias rodadas de demissões que dizimaram a força de trabalho da gigante de mídia social. Zuckerberg disse em mensagem aos funcionários que espera mais criatividade e menos burocracia, na empresa-mãe do Facebook, de acordo com uma gravação da ligação ouvida pelo  Washington Post.

“Passar por reestruturações, demissões e mudanças como essa é obviamente uma coisa muito difícil”, disse Zuckerberg. “Portanto, não é como se estivéssemos terminando exatamente no lugar em que estávamos antes, porque esse não era meu objetivo. Eu queria chegar a um lugar mais difícil.”

Os comentários de Zuckerberg encerraram um período tumultuado para a Meta. Nesta semana, a empresa começou a distribuir sua rodada final de demissões em uma campanha de meses para cortar mais de 10.000 empregos e fechar outras 5.000 vagas em aberto.

Zuckerberg considerou 2023 “o ano da eficiência”, pois a empresa busca desfazer uma cultura e um sistema de gerenciamento usados ​​para ganhar dinheiro fácil e aumentar a força de trabalho. A Meta procurou reduzir o número de camadas de gerenciamento entre estagiários e Zuckerberg. A empresa também recuou em alguns projetos, como alguns de seus dispositivos de hardware e serviços para apoiar os editores.

Novos objetivos

Um dos principais objetivos do trabalho de eficiência é transformar a Meta em “uma empresa de tecnologia mais forte que pode construir produtos melhores mais rapidamente”, disse Zuckerberg aos funcionários. “E o segundo é melhorar nosso desempenho financeiro para que possamos sustentar nossos ambiciosos investimentos e visão de longo prazo no que continuo a esperar ser um ambiente difícil.”

Demissão em massa faz empresa mudar planos para o futuro. (Foto: Wikimedia Commons)

Zuckerberg disse que a empresa não planeja outra grande demissão em massa, mas disse que “o mundo também é volátil”. E no futuro planeja crescer mais lentamente, o que pode significar que haverá demissões menores quando a Meta decidir descartar um projeto em favor de um novo. Ele acrescentou que acha que ter um número menor de funcionários permitirá que a Meta reduza a burocracia e facilite a realização do trabalho.

Os cortes afetaram a força de trabalho da Meta. Ela está passando por uma crise de moral sem precedentes, à medida que a confiança dos funcionários na liderança sênior e na direção da empresa diminui. Alguns culparam os altos executivos por não conseguirem fazer melhores investimentos ou decisões de contratação – problemas que, segundo eles, levaram parcialmente aos cortes. Outros reclamaram que a empresa errou ao planejar as demissões durante vários meses, em vez de apenas um dia.

Zuckerberg quer mais “massa crítica” de funcionários trabalhando juntos no escritório pelo menos alguns dias por semana para melhorar o desempenho e impulsionar a cultura, disse ele. Falar sobre o futuro não é algo que os líderes tenham conseguido fazer nos últimos meses “porque acabamos de falar sobre eficiência e demissões”, disse Zuckerberg.