MEIO AMBIENTE

La Niña ocorre pela terceira vez consecutiva

Fenômeno climático se forma no Pacífico e ameaça a América do Sul, incluindo o Brasil

Por: Lucas Saba
Da redação | 14 de setembro de 2022 - 18:50

O fenômeno climático La Niña, caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do oceano Pacífico, surgiu novamente neste ano, pela terceira vez consecutiva, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial. O acontecimento pode durar de nove a doze meses e com intensidades bem distintas. Quando isso ocorre, os cientistas nomeiam como: “triplo mergulho”. Isso aconteceu apenas outras duas vezes desde 1950 – o primeiro de 1973 a 1975 e depois em 1998-2001.

Os impactos climáticos podem ter desdobramentos no mundo todo. Por exemplo, na Austrália o impacto resultou em chuvas acima da média histórica em quase em todo o território nacional, causando inundações e destruição em diversas cidades. No Reino Unido o acontecimento potencializa o inverno na região, deixando-o mais intenso, devidos as tempestades e constantes chuvas fortes.

Além das pancadas de chuva, o fenômeno aumenta o número de ciclones tropicais por todo o Atlântico. O acontecimento gerou uma seca severa por todo o continente africano, a pior em décadas. Com isso, países como: Etiópia, Quênia e Somália estão à beira de uma catástrofe humanitária sem precedentes, segundo a ONU. O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas informou que, aproximadamente, 20 milhões de pessoas estão passando fome, em virtude dos efeitos da seca na região.

La Niña: fenômeno climático provoca fortes chuvas e inundações em várias regiões da Austrália 

América do Sul

O evento climático se manifesta de duas maneiras diferentes na América do Sul. Incialmente, começa uma seca no norte do Brasil, Peru, Bolívia, Chile e Argentina. Outro efeito são as inundações, chuvas abundantes e aumento dos níveis dos rios, causando grandes transtornos e tragédias na Colômbia, Equador e no sul do Brasil.

De acordo com um estudo feito pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os efeitos climáticos do La Ninã, no Brasil, serão moderados e durarão apenas na primavera. Não é a primeira vez que os efeitos do fenômeno são sentidos no país.

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