DIREITOS HUMANOS
Ilustração: Repórteres Sem Fronteiras (RSF)

Desinformação impacta a liberdade de imprensa em todo o mundo

De acordo com o Repórteres Sem Fronteiras o ambiente para o jornalismo é ruim na maioria dos países pesquisados

Por: Júlia Castello
Da redação | 3 de maio de 2023 - 17:56
Ilustração: Repórteres Sem Fronteiras (RSF)

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou que a liberdade de imprensa em todo o mundo está em péssimo estado. De acordo com o Índice de Liberdade de Imprensa 2023, a desinformação e a inteligência artificial representam uma ameaça crescente ao jornalismo.

O índice anual que avalia o ambiente para o jornalismo em 180 países e territórios, descreveu a situação como “muito séria” em 31 países, “difícil” em 42, “problemática” em 55 e “boa” ou “satisfatória” em 52 países.

Isto significa que o ambiente para o jornalismo é “ruim” em 7 em cada 10 países pesquisados ​​e satisfatório em apenas 3 dos 10. De acordo com o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire: “Essa instabilidade é resultado de uma crescente agressividade por parte das autoridades em muitos países e uma crescente animosidade contra os jornalistas nas mídias sociais e no mundo físico”.

Detalhamento

A Noruega se mantém em primeiro lugar pelo sétimo ano consecutivo no Índice de Liberdade de Imprensa. A novidade é que pela primeira vez, um país não nórdico está em segundo lugar: A Irlanda. O país subiu 4 posições, passando a Dinamarca que ficou em 3º lugar.

O ranking de 2023 também traz outras novidades, incluindo o Brasil. O país subiu para a 92ª posição com a eleição do presidente Luis Inácio Lula da Silva. Já a Holanda recuperou sua posição que ocupava em 2021, no 6ºlugar. O país holandês tinha caido 22 posições após o assassinato do repórter policial Peter R. de Vries.

Nos últimos lugares da classificação estão países asiáticos: Vietnã no 178ºlugar, a China que caiu 4 posições, ficando em penúltimo lugar e Coreia do Norte em último lugar (180º). Apesar disso, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras,  o Oriente Médio e o Norte da África continuam sendo as regiões mais perigosas para os jornalistas trabalharem.

Confira os dados em destaque compartilhado pela organização:

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