INTERNACIONAL
Chineses entram em confronto com a polícia na porta de fábrica

Chineses entram em confronto com a polícia na porta de fábrica

A revolta dos operários é contra a demissão de 10 mil funcionários de uma fábrica de testes de Covid-19

Por: Mario Augusto
Da redação | 9 de janeiro de 2023 - 11:28
Chineses entram em confronto com a polícia na porta de fábrica

Trabalhadores chineses entraram em confronto com a polícia em uma fábrica que produz kits de testes para Covid-19, na cidade de Chongqing, na região sudoeste da China. A revolta começou depois que os trabalhadores foram informados sobre a demissão de 10 mil empregados da fábrica e o não pagamento de verbas trabalhistas.

Alguns vídeos mostram o confronto que aconteceu na entrada da empresa Zybio, especializada na fabricação de equipamentos e reagentes para diagnóstico in vitro da SARS-COV-2.

O fim da política de Covid Zero na China, que obrigava a realização de testes para controlar a propagação do novo coronavírus, fez com que os requisitos para resultados de testes negativos caíssem em todo o país. Com isso, a empresa alega que caiu drasticamente a compra de kits e suprimentos para realização dos testes de Covid-19, o que afetou a produção da indústrias de insumos.

Em um vídeo, centenas de trabalhadores podem ser vistos reunidos do lado de fora da fábrica, alguns deles gritando: “Devolvam nosso dinheiro!”. Caixas de kits de teste de antígeno foram jogadas contra os policiais e ficaram espalhadas pelo chão.

Durante a noite, alguns manifestantes jogaram cadeiras, caixotes e cones de trânsito contra um grupo de policiais de choque posicionados no local, forçando os policiais a recuarem. Veja as imagens.

Publicações nas redes sociais informaram que os protestos começaram na manhã de sábado (07/01) quando os trabalhadores foram informados de que estavam demitidos e que os salários não seriam pagos na integralidade.

Embora manifestações políticas sejam raras na China, protestos sobre questões trabalhistas e manifestações contra empresas específicas ocorrem com frequência.  Desde novembro do ano passado, a política rígida de Covid Zero da China acabou levando a protestos generalizados, com centenas de pessoas denunciando situações precárias em hospitais e centros de quarentena para pacientes infectados pelo novo coronavírus.

Na sequência, o governo chinês anunciou a suspensão da maioria das restrições para o controle da Covid-19 no país. Os números de mortes e de contaminados pelo SARS-COV-2 não são verificados por entidades independentes, porque o governo comunista não adota a transparência em relação aos dados da pandemia.

Leia também:
Inteligência artificial pode levar à extinção da humanidade, alertam especialistas
Israel anuncia tratamento revolucionário contra o câncer
Chineses entram em confronto com a polícia na porta de fábrica

+ DESTAQUES