Nesta quarta-feira, nas redondezas do estádio, Khalifa International Stadium, em Doha, dezenas de torcedores de diferentes nacionalidades foram expulsos por estarem jogando bola. A polícia ordenou que o jogo fosse suspenso e os torcedores se dispersassem. Um dos jovens Mohamed Yunis, 19, da Tunísia, afirmou: “Jogamos alegremente por apenas alguns minutos. Mais e mais fãs se juntaram e depois saíram e foram substituídos por outros. Havia caras da Índia, Alemanha, Japão, México, Brasil e outros. Apenas se divertindo, mas fomos obrigados a parar quando a policia chegou gritando”.

Um oficial de segurança, que participou da interrupção disse, “Não há futebol aqui. Agora saiam”. Kumar Sarraisikan, 22, foi da Índia para o Catar e se decepcionou com o tratamento que teve: ‘O futebol é para todos nós. Não apenas para os árbitros e jogadores, mas também para os torcedores. Não causamos problemas a eles, mas a segurança do Catar é dez vezes mais rigorosa. Eles estragaram a nossa diversão”. Essa é apenas uma das proibições no país, a lista é grande e cresce a cada dia.

Policiamento intensificado nas redondezas dos estádios no Catar. (Crédito: Redes Sociais)

A venda de álcool para torcedores nos estádios da Copa do Mundo foi proibida faltando apenas dois dias para o início do torneio. A Fifa também usou do seu poder para realizar algumas proibições. Alguns países queriam utilizar na braçadeira de capitão a mensagem: OneLove para demonstrar apoio e solidariedade à comunidade LGBTQI+, entretanto foi proibido pela entidade.

A seleção da Alemanha fez um protesto contra a decisão hoje, cobrindo a boca antes do confronto com o Japão para sinalizar que foi silenciada. Em um comunicado oficial a Fifa proibiu a Bélgica de estampar a palavra “love” em seu uniforme de jogo.