Seca se espalha pelo território italiano. Rios e lagos perdem a maior parte de seu volume de água
Depois da longa estiagem que atingiu o país no último verão, na metade do ano passado, a Itália volta a enfrentar uma grave seca. Os canais de Veneza perderam tanta água que as gôndolas e lanchas-táxi não podem trafegar. O Rio Pó, o mais longo do país, que vai dos Alpes ao Adriático, perdeu 60% de seu volume. Situação semelhante se observa na maioria dos rios e lagos do país.
Em Veneza, a situação dos canais se deve a uma série de fatores: falta de chuvas, marés baixas e correntes marítimas que impedem o preenchimento dos canais.
(Foto: AP/Luigi Costantini)
Nesse inverno, no Hemisfério Norte, a quantidade de neve que caiu nos Alpes foi bastante reduzida, chegando a prejudicar as estações de esqui. Com pouca neve, diminui a quantidade de água formada pelo degelo, que vai parar nos rios.
Com a estiagem se espalhando por todo o território, cresce a preocupação no setor agrícola. Um terço da produção agrícola da Itália depende das águas do Rio Pó e seus afluentes. No verão passado, o governo chegou a decretar estado de emergência na região cortada pelo rio, que sofreu a pior seca em 70 anos.
Um anticiclone vem predominando sobre a Europa Ocidental, nas últimas duas semanas, levando temperaturas amenas, típicas do final da Primavera.
Para os próximos dias, as autoridades esperam uma mudança no tempo, que deve trazer chuva para as regiões central e norte do país, além de neve sobre os Alpes. Esta seria a situação ideal para os agricultores.
