No Brasil, 98,7% das latas são recicladas e retornam às prateleiras em até 60 dias, ao contrário das embalagens plásticas
Conhecida como a embalagem tradicional das cervejas, refrigerantes e energéticos, a lata de alumínio vem ganhando espaço entre outras bebidas no Brasil, como vinho e água mineral. Essa nova alternativa do mercado busca se adaptar à luta contra as mudanças climáticas. As latas de alumínio são mais sustentáveis para o planeta do que as garrafas de plástico e ainda geram mais emprego e renda à cadeia de reciclagem. Vale lembrar que milhares, ou milhões, de pessoas no mundo sobrevivem graças à esse tipo de reaproveitamento de embalagens.
De acordo com a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) quase 99% das latinhas são recicladas no país. Além disso, com a ajuda da reciclagem elas retornam as prateleiras dos mercados em até 60 dias. Outro estudo do Instituto Internacional do Alumínio (IAI) feito nos cinco principais mercados: Brasil, Estados Unidos, Europa, China e Japão – revelou que as latas de alumínio têm 71% de índice de reciclagem, enquanto as garrafas plásticas têm no máximo de 40%.
Cada nova lata feita a partir da coleta e reciclagem contém 77% de material reciclado, enquanto a garrafa de plástico tem apenas 7%; e 98% das embalagens de alumínio recicladas transformam-se em produtos infinitamente recicláveis, enquanto esse índice é de 20% para o plástico, segundo a pesquisa do IIA.
Além da questão ambiental as latas de alumínio contribuem para a economia girar. Os profissionais de coleta, recebem oito vezes mais do que o vidro e catorze vezes mais do que o papelão para o mercado de reciclados, de acordo com o Cempre, uma associação sem fins lucrativos voltada à reciclagem.
Conforme já noticiado pelo Planeta Cultura os materiais produzidos com plástico contribuem com trilhões de pedaços de plástico para os oceanos todos os anos, tornando-se assim os vilões dos mares. Segundo a Ocean Conservancy, uma ONG de defesa ambiental, as garrafas plásticas são o terceiro tipo de resíduo mais comuns encontrado nas praias, atrás somente das bitucas de cigarro e das embalagens plásticas de alimentos.