Mães não terão as dores do parto. E poderão escolher a cor dos olhos, dos cabelos, o tamanho, o peso dos filhos e até o grau de inteligência
Uma empresa da Alemanha prevê a instalação de úteros artificiais suficientes para gerar até 30.000 bebês por ano. Os pais, que vão fornecer o material genético, poderão acompanhar o desenvolvimento do bebê por um aplicativo.
Além de escolher todos os traços principais das crianças e futuros adultos, os pais também poderão eliminar genes responsáveis pela transmissão de doenças hereditárias.
A empresa EctoLife, com sede em Berlim, anunciou que, após a fecundação do óvulo, o embrião passará por um procedimento da engenharia genética – quando serão “implantados” todos os dados previstos – antes de colocá-lo no útero artificial. Esse processo é que vai determinar a cor dos olhos, do cabelo, o peso, o tamanho e até o grau de inteligência.
De acordo com a EctoLife, o objetivo do projeto é garantir o nascimento de bebês saudáveis e aliviar o sofrimento das mães. Segundo a empresa, com esse processo, o nascimento de bebês prematuros será uma “coisa do passado”, além de outros transtornos que podem ocorrer no parto. Os idealizadores do projeto citam dados da Organização Mundial de Saúde para informar que, a cada ano, 300.000 mulheres morrem em consequência de problemas no parto.
De acordo com a EctoLife, a geração de bebês em laboratório representa uma opção para mulheres que perderam o útero, em consequência de câncer e outras doenças. Dentro do útero artificial, garante a empresa, o bebê terá as mesmas condições que teria na barriga da mãe. “Trata-se de um ambiente livre de infecções e germes. Sensores poderão monitorar os sinais vitais do bebê, incluindo batimentos cardíacos, temperatura, pressão e oxigenação”. E os pais poderão acompanhar tudo isso por um aplicativo.
Embora ainda esteja esperando mudanças na legislação da Alemanha, para permitir esse tipo de projeto, a empresa já planeja a instalação de 75 laboratórios, cada um com 400 úteros artificiais. O prazo para início do projeto é estimado em pelo menos dez anos.
O projeto é apontado como uma solução para países com baixas taxas de natalidade, como ocorre na Europa, Japão, Coreia do Sul e outros.