Cientistas japoneses descobriram que os homens com maior apetite sexual tendem a viver mais e melhor. Os pesquisadores da Universidade de Yamagata rastrearam 21.000 voluntários, ao longo de sete anos para o estudo. Os homens interessados ​​em sexo tinham até 82% menos chances de morrer, de acordo com a pesquisa. Os autores do estudo ressaltaram que a relação sexual tem uma série de benefícios, incluindo a redução dos níveis de estresse, inflamação e melhora do humor.

Os pesquisadores analisaram dados de saúde de 8.500 homens – a maioria na faixa dos 60 anos – durante os sete anos. Aqueles que disseram estar interessados ​​em sexo, no início do estudo, tinham um risco 69% menor de morrer até o final da pesquisa. Os pesquisadores acreditam que um baixo desejo sexual é um sinal de problemas de saúde em geral – como má alimentação, obesidade, diabetes ou outras doenças crônicas.

Uma vida sexual saudável tem sido associada à saúde mental e física positiva – com especialistas recomendando que os casais façam amor pelo menos uma ou duas vezes por semana. Kaori Sakurada, especialista em medicina da Universidade de Yamagata, autor do estudo, disse: “A falta de interesse masculino em sexo pode estar relacionada a um estilo de vida pouco saudável. Neste estudo, os homens que relataram falta de interesse sexual incluíam mais fumantes atuais e casos de diabetes.  Além disso… a ausência de interesse sexual pode afetar uma série de respostas inflamatórias, neuroendócrinas e imunes”.

Apetite sexual está diretamente ligado a longevidade, diz pesquisa. (Crédito: Pexels)

Metodologia da pesquisa

Os participantes foram inicialmente questionados sobre seu interesse em sexo: ‘Atualmente, você tem algum interesse em pessoas do sexo oposto?’ Aqueles que responderam ‘sim’ foram contados como ainda tendo interesse sexual. Mas qualquer um que dissesse ‘não’ era definido como carente de interesse sexual. Esta categoria também incluiu pessoas sexualmente atraídas pelo mesmo sexo.

Entre os homens, 7.032 (82%) disseram estar interessados ​​em atividade sexual, enquanto 636 disseram que não tinham interesse em sexo. Aqueles que não estavam interessados ​​em sexo eram mais propensos a serem mais velhos, ter diabetes e serem menos felizes. Não houve diferença entre os homens de ambos os grupos serem casados ​​ou divorciados.

Para as mulheres, 9.551 disseram estar interessadas no sexo oposto (79%) em comparação com 1.835 que não o fizeram. Mulheres não interessadas em sexo também eram mais propensas a serem mais velhas e se absterem de álcool. Mas, ao contrário dos homens, elas também eram mais propensas a se divorciar.

Os cientistas rastrearam os participantes por sete anos, durante os quais 503 mortes foram registradas. Houve 352 mortes entre os homens. Destes, 304 (4%) tinham interesse em sexo em comparação com 48% que não tinham interesse.

Por outro lado, entre as mulheres registaram-se 146 óbitos que incluíram 127 no grupo com interesse em sexo 1% e 19% no grupo sem interesse. Os cientistas não especularam por que o padrão não se manteve nas mulheres.