SAÚDE

Vem aí uma vacina anticoncepcional para os homens

Efeito do produto, segundo os pesquisadores, é superior à vasectomia

Por: Carlos Taquari
Da redação | 20 de setembro de 2022 - 21:59

Cientistas do Instituto de Tecnologia da Índia estão desenvolvendo um anticoncepcional masculino, que será aplicado como uma vacina. Chamado de Risug (sigla para Inibição Reversível do Esperma Sob Controle), o produto entrou nas etapas finais de testes e deve ser comercializado a partir do próximo ano. Segundo os responsáveis pelo pelo projeto, o método será superior à vasectomia, porque é indolor e facilmente reversível.  Uma injeção de água e bicarbonato de sódio já seria suficiente para reverter o processo, liberando novamente a capacidade de concepção.

Basicamente, o produto altera as características da cauda do espermatozoide,  impedindo a fertilização do óvulo. Testes realizados com cerca de 300 voluntários registraram um índice de 97% de eficácia. Os efeitos de uma única aplicação podem se prolongar durante 6 meses. A vacina é aplicada nos chamados ductos deferentes, os canais que transportam os espermatozoides depois de seu amadurecimento para que se juntem aos líquidos seminais e formem o sêmem. A aplicação, por ser local, exige anestesia.

vacina anticoncepcional para os homens

Cientistas dizem que método é superior a vasectomia. Crédito: Pexels.

De acordo com os cientistas do Instituto de Tecnologia da Índia, antes dos testes em voluntários, o produto foi testado em diversos tipos de cobaias, como coelhos, camundongos e macacos, sem que tivessem sido registrados efeitos colaterais adversos. Em seguida, foram realizados vários ensaios clínicos em homens indianos, antes do pedido de aprovação junto às autoridades médicas do país. Foram registados apenas um inchaço escrotal temporário e uma leve dor inguinal, na região da virilha.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade da Califórnia desenvolveram, há cinco anos, um gel, denominado Vasalgel, que funciona de forma semelhante à vacina indiana. Segundo os especialistas, o medicamento não tem contraindicações e não modifica a produção de hormônios masculinos. A substância deve ser injetada no canal que transporta os espermatozoides e bloqueia sua passagem. O resultado pode ser comparado ao que ocorre nos casos de vasectomia.

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