INTERNACIONAL

Ucrânia bombardeia QG de mercerários russos

Relatos informam que base do Grupo Wagner, acusado de crimes de guerra, foi atingida no fim de semana

Da redação | 15 de agosto de 2022 - 11:19

Em outra ofensiva contra regiões tomadas pela Rússia, a artilharia ucraniana bombardeou o quartel-general do grupo de mercenários russos Wagner, no leste da Ucrânia, segundo fontes ucranianas. O grupo paramilitar é associado a crimes de guerra, por sua atuação tanto na Ucrânia como em países da África, como a Líbia e Mali.

Área supostamente bombardeada no QG do Grupo Wagner (foto: distribuída via Telegram)

Área supostamente bombardeada no QG do Grupo Wagner (foto: distribuída via Telegram)

O número de vítimas não é conhecido e os detalhes permanecem incompletos. Fotos que supostamente mostram os danos foram postadas no serviço de mensagens Telegram.

Esquadrão seria mantido por oligarca

Os mercenários do grupo Wagner combateram ao lado de tropas russas, na Crimeia, em 2014, quando expulsaram tropas ucranianas de áreas que mais tarde foram anexadas pela Rússia.

Unidades Wagner também já foram usadas para a Síria e República Centro-Africana, sempre ao lado de forças aliadas de Moscou.

O governo russo não reconhece a existência dos esquadrões Wagner, mas a inteligência ocidental liga o grupo a Yevgeny Prigozhin — oligarca russo apelidado de “cozinheiro de Putin”. Ele é dono de restaurantes e negócios de gastronomia e, segundo fontes ocidentais, há muito ajuda o presidente Vladimir Putin e as forças armadas com seu exército paralelo, que tem reforçado as tropas do país diante das dificuldades na Ucrânia.

Prigozhin, como muitos outros oligarcas russos, vive sob sanções ocidentais, por sua suposta atuação paramilitar. A Wagner é tida por analistas norte-americanos como uma espécie de empresa de recrutamento de mercenários patrocinada pelo governo da Rússia.

Eles têm sido acusados ​​de repetidos crimes de guerra e abusos dos direitos humanos. Numa postagem pelo Telegram, o governador Hayday escreveu que as forças ucranianas “atingiram um QG inimigo cujo paradeiro foi estabelecido graças a um jornalista russo”.

“Desta vez, o ataque bem-sucedido destruiu o QG da Wagner em Popasna”, disse ele. Ele acrescentou que “o número de mortos ainda está sendo apurado”.

O diário ucraniano Ukrainska Pravda relata que um jornalista russo pró-Kremlin, Sergei Sreda, acabou revelando sem querer a sede da Wagner em um post do Telegram em 8 de agosto. Ele publicou fotos de sua visita ao QG e uma placa em uma das fotos identificava o endereço como Mironovskaya 12, Popasna.

A postagem foi posteriormente removida, mas cópias estão circulando nas redes sociais.

Popasna fica ao sul de Severodonetsk, na região de Luhansk, que as forças russas agora controlam inteiramente, após meses de combates acirrados e enorme destruição.

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