Ex-presidente guardava documentos ultrassecretos em mansão na Flórida
O ex-presidente Donald Trump será investigado por possíveis violações da Lei de Espionagem, relacionadas à ocultação de documentos ultrassecretos, que não poderiam ser retirados da Casa Branca. As pastas, no total de 11, foram encontradas por agentes do FBI na mansão de Trump, em Mar-A-Lago, na Flórida. A Lei de Espionagem proíbe a retenção não autorizada de informações de segurança nacional, que possam prejudicar os Estados Unidos. Trump também é investigado por obstrução da justiça e alteração de documentos. Todos esses crimes têm penas previstas que variam de 3 a 20 anos de prisão.
No total, os agentes do FBI recolheram 11 documentos. Desse total, 4 eram ultrassecretos; 3 secretos e 3 considerados confidenciais. Fontes do Departamento de Justiça, que pediram para não ser identificadas, revelaram que parte dos documentos está relacionada com a estratégia nuclear de defesa dos Estados Unidos.
O ex-presidente negou que a busca do FBI em sua casa era para localizar possíveis materiais relacionados com armas nucleares. Anteriormente, ele já havia afirmado que não se opõe à divulgação e ainda acusou o FBI de plantar provas contra ele. Mas seus aliados no Partido Republicano tentam convence-lo a entrar com recurso para impedir a revelação do conteúdo.
A busca na casa de Trump marcou uma escalada significativa em uma das muitas investigações federais e estaduais que ele está enfrentando desde seu tempo no cargo e em negócios privados. Uma delas, movida pelo Departamento de Justiça está relacionada com a tentativa fracassada dos aliados de Trump de invalidar o resultado das eleições que levaram o presidente Joe Biden ao poder.
O secretário de Justiça, Merrick Garland, não apenas revelou ter autorizado as buscas do FBI na mansão da Flórida, como defendeu a divulgação do conteúdo do mandado de segurança. Isso ocorreu após uma alegação de Trump de que a busca tinha motivações políticas.