Ex-presidente é processado por fraude financeira, entre as mais de 30 acusações
Donald Trump foi interrogado nesta quinta-feira em Nova York, na segunda vez em duas semanas que o ex-presidente é obrigado a prestar esclarecimentos sobre os processos em que está envolvido.
Desta vez a procuradora-geral de NY, Letitia James, acusa o republicano de fraude fiscal e supervalorização dos ativos em bilhões de dólares. A ação busca o ressarcimento de 250 milhões de dólares que Trump teria recebido das seguradoras através da fraude financeira.
Esta é a segunda vez que a procuradoria questiona Trump. Ele também prestou depoimento em setembro de 2022, pouco antes da procuradora-geral entrar com o processo. Durante esse testemunho, Trump atacou James, uma democrata, acusando-a de ser motivada pela política e, em seguida, invocando seu direito da Quinta Emenda contra a autoincriminação centenas de vezes ao longo de quatro horas.
Os depoimentos são mantidos em particular e os detalhes de seu testemunho não serão conhecidos imediatamente, mas Trump não planejava reivindicar novamente o direito da Quinta Emenda contra a autoincriminação, disseram pessoas familiarizadas com seu pensamento.
Como ele esteve na Casa Branca e em campanha por vários anos – e não mais administrando seus negócios – Trump pode tentar evitar fornecer respostas diretas às perguntas de James, em vez de dar respostas diretas. Ele pode dizer, por exemplo, que não se lembra de um determinado incidente ou não esteve presente. Ele também poderia alegar que delegou as decisões de seu patrimônio aos funcionários.
Na semana passada, Donald Trump compareceu perante um Tribunal de Manhattan, onde ouviu pelo menos 34 acusações criminais, entre elas a de falsificação de registros bancários relacionada ao dinheiro pago para garantir o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels. Outra acusação é que Trump teria pago um porteiro para não revelar a existência de um filho fora do casamento.
Além do caso que envolve Stormy Daniels, Trump também foi acusado de pagar 150 mil dólares a uma ex-coelhinha da Playboy, Karen McDougal, e mais 30 mil dólares ao porteiro do prédio, em Nova York, em ambos os casos para comprar o silêncio. No caso da jovem, por conta um namoro que tiveram.
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