Um tribunal de Moscou decidiu que o jornalista norte-americano Evan Gershkovich, correspondente do jornal Wall Street Journal, não poderá aguardar o julgamento em liberdade. Ele será mantido na prisão de Lefortovo, em Moscou, para onde costumam ser levados os presos políticos, considerados inimigos do regime de Vladimir Putin.

Gershkovich é acusado de fazer espionagem para os Estados Unidos. Mas o jornalista nega e garante que seu trabalho na Rússia se limita a acompanhar os assuntos políticos ou econômicos de interesse do jornal para o qual trabalha. Nesta semana, o repórter recebeu a visita da embaixadora dos Estados Unidos em Moscou, Lynne Tracy. A diplomata informou que ele está bem de saúde e confiante em seu futuro.

Se for considerado culpado, o jornalista pode ser condenado a 20 anos de prisão. De acordo com o FSB – a polícia polícia que substituiu a antiga KGB, dos tempos da União Soviética, informou que Gershkovich, “seguindo as instruções do lado americano, recolheu informações sobre assuntos secretos do Estado e sobre o complexo industrial-militar do país”. Há suspeitas de que o jornalista foi preso para ser usado como moeda de troca por algum cidadão russo preso nos Estados Unidos.