CLIMA

Tempo quente: 2023 terá mais calor que 2022

O fenômeno La Niña vai se dissipar, o que abre espaço para altas temperaturas

Da redação | 20 de dezembro de 2022 - 21:55

O serviço de meteorologia do Reino Unido, o Met Office, anunciou que o ano de 2023 será mais quente do que o atual, mantendo a tendência registrada nos últimos anos. A previsão do instituto é que a temperatura média em 2023 será de pelo menos 1 grau Celsius acima da média, como vem ocorrendo desde 2012.

De acordo com os cientistas britânicos, o fenômeno La Niña, que permite um ligeiro resfriamento em amplas áreas do planeta, está se dissipando, depois de permanecer ativo nos últimos três anos. Isto faz parte, segundo os estudiosos, de um ciclo natural do clima na Terra.

Tempo Quente

O ano de 2023 será mais quente do que o atual, com a volta do fenômeno El Niño. (Foto: Freepik)

Além disso, as mudanças climáticas, provocadas pela queima de combustíveis fósseis vão continuar influenciando o clima, alertam os pesquisadores. Os países industrializados prometeram reduzir as emissões dos chamados gases de efeito estufa, liberado pela queima de petróleo, gás e carvão, mas pouco tem sido feito neste sentido. O compromisso deveria garantir que a temperatura média no planeta não passe de 1,5 graus Celsius, a fim de evitar os piores efeitos das mudanças climáticas.

O planeta já vem enfrentando um aumento médio de 1,1C, comparado com o período da Revolução Industrial, entre 1750 e 1900, quando teve início a utilização de combustíveis fósseis, que liberam gases poluentes para a atmosfera, impedindo a volta dos raios solares que chegam à Terra.

O ano mais quente da história, desde que começaram os registros, em 1850, foi 2016, quando o fenômeno El Niño provocou um aumento global das temperaturas.

La Niña e El Niño

Os dois fenômenos têm um efeito totalmente inverso. O El Niño consiste no aquecimento das águas do Oceano Pacífico, provocado pela diminuição dos ventos alísios. Por sua vez, La Niña se caracteriza pelo resfriamento também das águas do Pacífico.

Como o fenômeno foi detectado, inicialmente, pelos pescadores no litoral Norte do Peru, sempre na época do Natal, ganhou o nome de El Niño, numa referência a Jesus Cristo, uma vez que as águas mais quentes traziam mais peixes para a costa.

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