Com temperaturas moderadas e possibilidades de água, planeta foi detectado por cientistas britânicos
Cientistas da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, descobriam um par de “Super-Terras”, orbitando uma estrela anã vermelha, a cerca de 100 anos-luz da Terra. E um desses planetas, o SPECULOOS-2c (anteriormente LP 890-9c), tem potencial para ser um dos mundos extraterrestres mais habitáveis já encontrado até hoje.
Inicialmente, a estrela anã, LP 890-9, foi detectada pelo satélite TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite), da NASA. Em seguida, após mais de 600 horas ininterruptas de observação, a partir dos telescópios terrestres SPECULOOS, no Chile, os astrônomos chegaram à conclusão de que o planeta pode ser incluído entre aqueles que têm maior potencial para abrigar vida fora da Terra. O novo planeta leva essa nome justamente em homenagem ao telescópio que o localizou. A nova descoberta foi detalha no artigo científico publicado na revista europeia: Astronomy & Astrophysics.
A revelação é considerada um marco na ciência astronômica contemporânea. O SPECULOOS-2c fica localizado em uma zona habitável do LP 890-9 – a região ao redor da estrela onde as temperaturas são consideradas moderadas o suficiente para permitir que a água permaneça estável na superfície. E onde há água, há grande potencial para a vida prosperar.
Essa descoberta faz com que o planeta seja o segundo mais habitável já identificado pelos pesquisadores, somente atrás do TRAPPIST-1e, com uma distância de 40 anos-luz da Terra. Cada ano luz tem cerca de 9.4 trilhões de quilômetros.
Porém os cientistas ressaltam: apesar das boas características isso não garante há existência de vida no local. Ainda que haja condições para isso. O novo planeta foi apelidado pelos pesquisadores de “Super-Terra” por sua dimensão, ele é 40% maior que a Terra.
Ainda é preciso confirmar se o novo planeta possui uma atmosfera a ponto de manter qualquer ser vivo na superfície. Para descobrir se há vida no SPECULOOS-2c é preciso utilizar uma ferramenta como o telescópio James Webb, que está revolucionando a ciência espacial. Agora, os cientistas estão esperançosos que a NASA irá se empenhar para investigar mais detalhadamente a “Super-Terra”.