Exposição à luz infravermelha do período matutino se mostrou eficaz na proteção de adultos e crianças
Ficar exposto por pelo menos 30 segundos à luz infravermelha (NIR) entre o nascer do Sol e as nove da manhã é o suficiente para ajudar a diminuir as chances de ter algum tipo de câncer. Essa é a conclusão do estudo realizado pelo médico Mohammad Muneeb Khan, oncologista no Reino Unido e fundador da instituição beneficente internacional, Killing Cancer Kindly.
Khan explica que no período da manhã o corpo tem uma capacidade maximizada de produzir o hormônio melatonina, ajudando a neutralizar toxinas cancerígenas e prevenir mutações genéticas. Isso ocorre porque as mitocôndrias, órgãos celulares envolvidos na liberação de energia, são mais sensíveis à luz, causando uma “enxurrada de melatonina”.
A exposição ao NIR no início do dia também é benéfica por não causar queimaduras solares, responsáveis pelo câncer de pele.
“A recente descoberta de que o corpo humano produz melatonina por meio da exposição à luz solar transformou completamente nossa compreensão desse hormônio e de seus potenciais benefícios à saúde”, diz Khan.
O Mohammad Khan acredita que para poder se beneficiar melhor dos efeitos da luz da manhã é necessário deixá-la chegar à retina do olho (mas não olhando diretamente para o sol, o que fere a retina, mas mirar lugares bem iluminados por ele). O médico concluiu que esse impacto da luz solar na retina transmite ao cérebro sinal para que ele produza mais melatonina.
Para usufruir da luz solar nos olhos, segundo Khan, a pessoa não pode estar dentro do carro ou com óculos escuros, por exemplo, pois o vidro tende a bloqueia o NIR. Mesmo em dias chuvosos é possível aproveitar a luz que transpassa as núvens.
Outra dica é passear em parques e áreas com vegetação, porque o NIR é refletido pelas plantas e árvores. Mas, se não puder sair de casa, abrir uma janela e olhar ao redor, nunca diretamente para o sol, é a melhor alternativa.
Fumar, beber e ter uma dieta pobre são obstáculos quando o assunto é prevenir o câncer, pois causam um estresse oxidativo no corpo, aumentando as chances de criar toxinas cancerígenas.
O especialista, no entanto, afirma que mais estudos são necessários para comprovar a eficácia da melatonina criada pelo NIR para prevenir o câncer. “Ainda é cedo, mas se mais pesquisas confirmarem as descobertas iniciais sobre a produção em massa de melatonina – o que é altamente atraente com o potencial de reduzir a taxa de risco de câncer em cinco vezes, de dois para um em 10 – então todos nós deveríamos reservar um tempo todas as manhãs para nos banharmos na luz curativa do sol”, explica.