COMPORTAMENTO

Será que você é um “Digissexual” e não sabe disso?

O termo surgiu em 2017 nos Estados Unidos

Por: Lucas Saba
Da redação | 2 de setembro de 2022 - 18:10

Já utilizou aplicativo de namoro? Fez alguma chamada de vídeo com o parceiro(a) de conotação sexual? Mandou mensagem no privado do Instagram ou do Facebook em tentativa de um flerte? Mantem relacionamento afetivo apenas online e tem medo de se envolver com outra pessoa? Se respondeu sim a alguma dessas perguntas, saiba que você é um “digissexual”. Criado pelos norte-americanos Neil McArthur e Markie Twist, o termo se refere a pessoas cuja “identidade sexual primária vem através do uso da tecnologia” – seja para namoro casual ou relacionamentos de longo prazo.

Com o aumento de usuários nos aplicativos de namoro a expressão “digissexual” vem ganhando força no meio digital. Para muitas pessoas a digissexualidade é um mundo novo de diversão e entretenimento, com muitos caminhos a serem explorados. Existem outras pessoas apostam nessa forma de contato virtual como um caminho para encontrar um amor para a vida toda.

Para o sexólogo de Washington DC, Justyn Hintze, os relacionamentos virtuais estão em alta no mundo. “As pessoas que namoram online às vezes constroem uma ideia da pessoa com quem estão namorando na cabeça. E quando não combina com a pessoa na vida real, ela pode precisar ser guiada por um período de ‘deixar ir’.”

Muitos indivíduos optam pelo relacionamento digital porque as telas e aplicativos permitem a edição e o filtro, assim as pessoas acreditam ter mais controle da situação apenas com um único clique. Diferentemente do mundo real que não te permite ensaios ou correções.

Digissexual

Relacionamentos digitais são cada vez mais comuns. Crédito: Pexels.

Neil McArthur, filósofo canadense da Universidade de Manitoba e autor do novo livro, The Ethics of Sex: An Introduction (As Etiquetas do Sexo: A introdução), algumas pessoas utilizam as redes sociais para namorar, não por opção, mas pela falta dela. “ Há seres humanos simplesmente não têm o mesmo acesso a parceiros que algumas pessoas têm. Existem desigualdades muito reais em nosso acesso à intimidade, sobre as quais acho que não se fala muito. ”

McArthur acrescenta: “Se você tem 25 anos e vive em Nova York cercado de pessoas, isso é uma coisa. Por outro lado, há um homem gay morando em uma pequena cidade nas pradarias canadenses que pode ser o único gay assumido em centenas de quilômetros. Se você está nessas condições de vida mais isoladas, essa tecnologia fornece uma linha de vida real.”

Para especialistas em relacionamento, o desafio é romper o tabu que a sociedade possui em relação aos digissexuais. Pessoas, utilizam ferramentas online para conseguirem um parceiro(a), ou até mesmo indivíduos que buscam experiências sexuais tecnológicas de curto prazo.

Leia também:
Sexo e cobra são os sonhos mais comuns

+ DESTAQUES