Pesquisa indica um alto grau de estresse na população feminina . Brasil não está bem na foto
A saúde mental das mulheres piorou em 2021 em comparação a 2020 e isso vale para quase todos os países desenvolvidos e subdesenvolvidos. O número chama atenção pelo fato de não ter a ver apenas com a pandemia. Elas estão mais tristes e estressadas, se sentindo mais inseguras e cuidando cada vez menos da saúde. O estudo da Hologic Global Women’s Health Index, empresa americana especializada em saúde feminina, avaliou quase 130 mil mulheres e homens em mais de 120 países.
A pesquisa global possui pontuação de zero a cem. O líder do ranking foi Taiwan com apenas 70 pontos, um número considerado baixo pelos cientistas. Seguido por Letônia, Áustria e Dinamarca. A pontuação do Brasil é preocupante, atingindo apenas 44 pontos, ficando na modesta 104° colocação, entre 122 participantes, atrás de países como Uganda, Bolívia e Paquistão. Os últimos colocados são Venezuela, República do Congo e Afeganistão com 22 pontos. Esses são os piores locais para a saúde e qualidade de vida para a mulher.
A metodologia da pesquisa levou em conta 5 áreas da saúde: cuidado preventivo (exames em geral), saúde emocional (níveis de preocupação, estresse, tristeza ou raiva), segurança (andar à noite sozinha na rua), necessidades básicas (falta de recursos para alimentação ou moradia), e saúde individual (problemas de saúde, doenças ou dor).
O bem-estar das mulheres piorou globalmente em 2021, apontou a conclusão do estudo. Quase metade das entrevistadas revelaram ter sentimentos como: preocupação e estresse são constantes na rotina, passando por eles toda semana. Um terço delas ficaram tristes ou com raiva constantemente – todos esses índices indicados na pesquisa são recordes.
A pesquisa revelou que a saúde da maioria das mulheres piorou, em especial aquelas em situação de vulnerabilidade. “Em todo o mundo, as mulheres também perderam terreno em quatro das cinco dimensões de sua saúde enquanto lutavam mais pelo básico, se sentiram menos seguras, suas emoções mais sofridas e experimentaram mais dor em relação ao ano anterior. Os cuidados preventivos são o pilar mais fraco de todos.” conclui o estudo.