Missão une especialistas dos Estados Unidos,, França, Reino Unido e Canadá
Um foguete Falcon partiu da Base Espacial de Vandenberg, na Califórnia, levando o satélite da Missão Swot, que vai monitorar milhares de rios e lagos em todos os continentes para antecipar a ocorrência de secas ou inundações.
O satélite vai cobrir 90% do planeta, acompanhando, além os níveis dos rios, lagos e oceanos. Os sistemas digitais que ele transporta vão permitir um levantamento sem precedentes dos níveis de água existentes no planeta.
A Missão Swot – Surface Water and Ocean Topography envolve uma colaboração da NASA com as agências espaciais do Reino Unido, Canadá e França, esse último o CNES – Centre National d’Études Spatiales.
Além de antecipar a ocorrência de secas e inundações, os dados vão ajudar os cientistas a entender as bruscas mudanças que têm ocorrido em algumas regiões do planeta. O Swot vai sobrevoar o planeta a uma altura de 890 quilômetros, de onde suas poderosas lentes poderão detectar mudanças nos cursos d’água a centenas de metros de profundidade.
O Swot poderá acompanhar as subidas e descidas de todos os rios com mais de 100 metros de largura. E de todos os lagos com mais de 6 hectares (seis campos de futebol). Fenômenos que ocorrem no fundo dos oceanos também serão monitorados. Por exemplo, a movimentação dos aglomerados de plâncton, que traçam os rumos de redemoinhos e influem nas correntes marítimas.
Os cientistas já sabem que os redemoinhos expulsam o calor e o dióxido de carbono dos oceanos para a atmosfera, com impacto no aquecimento global. Mas, agora, eles querem saber com que frequência o fenômeno acontece.
A principal contribuição da Missão Swot será a garantia de previsões mais seguras sobre as inundações e as secas que têm devastado amplas áreas do planeta.
Mas, uma vez que o satélite vai reunir uma grande quantidade de informações, os dados serão compartilhados com diversos setores empresariais que podem se beneficiar das informações. Entre eles, a navegação marítima e fluvial e o setor pesqueiro, conforme explicou o Ben Hamlington, pesquisador da NASA.