Tecnologia promete antecipar catástrofes naturais e facilitar preparativos
A Agência Espacial Europeia- ESA – lança hoje da base de Kourou, na Guiana Francesa, o satélite Meteosat-12, dotado de tecnologia de última geração para previsão de catástrofes naturais. Os sistemas digitais do satélite estão programados para detectar com grande antecedência as tempestades, relâmpagos, precipitações de granizo e outros eventos. Com esses recursos, o satélite pode disparar avisos meteorológicos e evitar impactos iminentes.
A promessa da EUMETSAT é que a tecnologia inovadora melhore, expressivamente, o fluxo de dados da Terra, oceano e atmosfera da Europa, África e Oriente Médio.
O satélite demorou oito anos para ser concluído. E usa o sistema MTG, considerado o “geoestacionário meteorológico mais complexo e inovador já construído”, de acordo com a empresa. Segundo especialistas, o Meteosat-12 tem capacidade de enviar imagens mais completas da Terra em apenas 10 minutos, cinco a menos que o satélite atual. A frota é composta por dois satélites de imagem e um satélite de sondagem em órbita a 36 mil quilômetros da Terra. Com isso, a tecnologia poderá detectar características menores na atmosfera, até 500 metros de diâmetro, e vê-las em mais comprimentos de onda de luz.
A iniciativa não saiu barato para os europeus. O financiamento de investigações e desenvolvimento da frota de satélites pelos Estados-Membros da Agência Espacial Europeia (ESA) foi de 1,4 milhões de euros (1,2 milhões de libras). Com todos os custos contínuos o montante salta para 2,9 bilhões de euros (2,5 bilhões de libras).
E não foi só uma frota comprada. “Vamos nos beneficiar de uma economia de escala comprando seis satélites de uma só vez. Se você comprar apenas três ou quatro, fica claro que a próxima geração custará ainda mais”, afirmou Paul Blythe, dirigente de desenvolvimento do Meteosat para a ESA. O Meteosat-12 partiu ontem da base espacial de Kourou, na Guiana Francesa.
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