INTERNACIONAL
Fachada da Gazprom, estatal do gás da Rússia (Foto: reprodução de vídeo)

Rússia reduz gás para a França e cria tensão na União Europeia

Região teme novos cortes, que já atingem 12 países, e pede economia à população

Da redação | 30 de agosto de 2022 - 11:06
Fachada da Gazprom, estatal do gás da Rússia (Foto: reprodução de vídeo)

A empresa estatal russa de energia Gazprom reduziu ainda mais as entregas de gás para a empresa francesa Engie, levantando temores de que Moscou possa cortar completamente o gás da França e de outros países, como forma de pressionar politicamente a Europa em suas posições sobre a guerra na Ucrânia.

Usina de gás da Gazprom, que reduziu vendas à França (Foto: Pixabay)

Usina de gás da Gazprom, que reduziu vendas à França (Foto: Pixabay)

A Gazprom comunicou à Engie que a redução nas entregas de gás ocorre já a partir desta terça-feira, alegando “desentendimento contratual entre as partes sobre a aplicação de vários contratos”, informou a empresa francesa de energia.

Redução com a guerra

As entregas da Gazprom à Engie diminuíram significativamente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro. A empresa francesa já havia conseguido comprar gás de outros fornecedores e obter os volumes necessários para atender seus clientes, explicou em comunicado.

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Acrescentou que também adotou medidas para “reduzir significativamente qualquer impacto financeiro e físico direto” que poderia resultar da interrupção do fornecimento de gás por parte da Gazprom.

A Rússia cortou ou reduziu o gás natural para uma dúzia de países da União Europeia. Desde a primavera, os governos europeus da região têm apelado ao público para usar menos gás durante o verão e armazenar ao máximo para o inverno.
Redução de consumo em 15%

O bloco propôs que os estados membros reduzissem voluntariamente seu uso em 15%. Também está buscando o poder de impor cortes obrigatórios em todo o bloco de 27 países se houver risco de grave escassez de gás ou demanda muito alta.

A França, como outros países europeus, tenta aumentar suas reservas de gás para o inverno e aumentar seu estoque no início do outono para evitar que a escassez gere uma crise econômica e política.

Fachada da Gazprom, estatal do gás da Rússia (Foto: reprodução de vídeo)

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