Região teme novos cortes, que já atingem 12 países, e pede economia à população
A empresa estatal russa de energia Gazprom reduziu ainda mais as entregas de gás para a empresa francesa Engie, levantando temores de que Moscou possa cortar completamente o gás da França e de outros países, como forma de pressionar politicamente a Europa em suas posições sobre a guerra na Ucrânia.
A Gazprom comunicou à Engie que a redução nas entregas de gás ocorre já a partir desta terça-feira, alegando “desentendimento contratual entre as partes sobre a aplicação de vários contratos”, informou a empresa francesa de energia.
As entregas da Gazprom à Engie diminuíram significativamente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro. A empresa francesa já havia conseguido comprar gás de outros fornecedores e obter os volumes necessários para atender seus clientes, explicou em comunicado.
Acrescentou que também adotou medidas para “reduzir significativamente qualquer impacto financeiro e físico direto” que poderia resultar da interrupção do fornecimento de gás por parte da Gazprom.
O bloco propôs que os estados membros reduzissem voluntariamente seu uso em 15%. Também está buscando o poder de impor cortes obrigatórios em todo o bloco de 27 países se houver risco de grave escassez de gás ou demanda muito alta.
A França, como outros países europeus, tenta aumentar suas reservas de gás para o inverno e aumentar seu estoque no início do outono para evitar que a escassez gere uma crise econômica e política.