A estatal russa Gazprom alegou problemas de vazamento para justificar a interrupção
A Rússia cortou o gás de seu principal gasoduto à Europa sem previsão de retorno. Desde quarta-feira foi cortado o fornecimento, alegando que são necessários reparos, mas estava previsto o restabelecimento para este sábado. Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) enviou seis especialistas para a usina nuclear de Zaporizhzhia para averiguar esses possíveis problemas técnicos da usina. Através de um comunicado oficial a AIEA confirmou que manterá sua equipe de engenheiros no local por tempo integral.
A gigante de energia estatal russa, a Gazprom, disse em comunicado que os trabalhos de recuperação ao Nord Stream-1 devem durar pelos próximos três dias.
A Rússia já havia reduzido significativamente as exportações pelo gasoduto, desde o início da invasão da Ucrânia, após restrições econômicas adotadas pelos vizinhos europeus. Mas nega estar usando a diminuição de fornecimento de energia como moeda de troca contra esses mesmos países.
Ele já havia sido fechado por 10 dias em julho – igualmente sob alegação de reparos — e nas últimas semanas opera com apenas 20% da capacidade “por defeito no equipamento”, segundo comunicado da Gazprom.
Por outro lado, a agência de energia da Alemanha informou que o país será capaz de lidar com a redução dos envios de gás pelo Nord Stream-1, caso a Rússia retome a entrega nos próximos dias. A expectativa é a de que a Rússia volte a usar 20% da capacidade do gasoduto no sábado.
Os líderes europeus temem que a Rússia possa estender a interrupção na tentativa de aumentar os preços do gás, que já subiram acentuadamente no ano passado, às vésperas da chegada dos meses mais frios no continente. Na terça-feira (30/08) a Rússia já havia reduzido o fornecimento de gás para a empresa francesa de energia Engie.