MEIO AMBIENTE
Foto de Nick Fewings, na Unsplash

Um terço das espécies animais correm risco de extinção

No estudo mais abrangente já realizado foram examinadas mais de 70 mil espécies e 48% delas estão declínio

Por: Lucas Saba
Da redação | 23 de maio de 2023 - 20:55
Foto de Nick Fewings, na Unsplash

Quase metade dos animais do planeta está atualmente em declínio populacional  e menos de 3% está aumentando a espécie, de acordo com uma pesquisa da Queen’s University Belfast (QUB), do Reino Unido. O estudo examinou as densidades populacionais de mais de 70.000 animais e os pesquisadores dizem ser o registro mais abrangente até o momento. Os cientistas dizem ser um alerta drástico sobre a destruição da biodiversidade global.

A pesquisa, publicada na revista Biological Reviews, foi liderada pelo Dr. Daniel Pincheira-Donoso, da QUB, e pela Dra. Florência Grattarola, da Universidade Tcheca de Ciências da Vida, de Praga, com apoio da doutoranda Catherine Finn, também da QUB. Eles advertem para erosão global da biodiversidade causada pela industrialização humana é “significativamente mais alarmante” do que se pensava anteriormente.

risco de extinção

Os felinos são os mais ameaçados de extinção. (Crédito: Pexels)

O estudo descreve a crise da biodiversidade como um dos “desafios mais presentes para a humanidade nas próximas décadas”, ameaçando o funcionamento dos ecossistemas dos quais a vida depende, a propagação de doenças e a estabilidade da economia global.

É normal as espécies evoluírem com o tempo – 98% de todos os animais que já viveram estão extintos. No entanto, o fim das espécies está acontecendo mil vezes mais rápido do que os cientistas esperavam, de acordo com o Museu de História Natural.

Muitos pesquisadores alertam que os humanos podem estar causando a “sexta extinção em massa” na Terra. A crise de extinção é tradicionalmente medida por “categorias de conservação de ameaças”. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) mantém uma “lista vermelha” de espécies ameaçadas desde 1964.

Mais de 150 mil animais foram avaliados e, com base em seu método, 28% são considerados ameaçados de extinção. Os pesquisadores do estudo do Queens adotaram um metodologia diferente de análise, examinando as tendências populacionais e descobriram que a magnitude da crise de extinção é consideravelmente mais severa em comparação a outras pesquisas.

Usando seu método, os pesquisadores determinaram que 33% das espécies consideradas “seguras” pela IUCN estão de fato em risco de extinção. “O novo método fornece uma imagem mais clara que as abordagens tradicionais não podem oferecer. O trabalho é um alerta drástico sobre a magnitude atual dessa crise que já tem impactos devastadores na estabilidade da natureza como um todo e na saúde e bem-estar humanos,” diz o estudo.

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