A Grã-Bretanha fechou um acordo para ingressar no Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP), sendo o primeiro membro europeu a aderir ao bloco, desde a sua criação em 2018. A parceria permite exportações livre de tarifas e burocracias para 11 países. Esse é o maior acordo comercial do Reino Unido desde o Brexit.

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, declarou que esta é uma medida histórica que pode ajudar a elevar o crescimento econômico do país em 1,8 bilhão de libras a longo prazo. “O bloco abriga mais de 500 milhões de pessoas e representará 15% do PIB global quando o Reino Unido ingressar”, disse Sunak.

O CPTPP é um acordo de livre comércio com 11 membros: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Peru, Nova Zelândia, Singapura e Vietnã. Ele sucedeu a Parceria Transpacífica depois que os Estados Unidos se retiraram sob o comando do ex-presidente Donald Trump, em 2017.

As negociações para o Reino Unido entrar no acordo levaram mais de dois anos. O pacto comercial é uma tentativa de alavancar a economia britânica após a conturbada saída do Brexit. Apesar dos países membros não terem a mesma força do euro e viverem momentos econômicos muito distintos, ainda sim Sunak aposta na isenção de tarifas das principais exportações para turbinar a economia britânica.

Produtores de leite serão um dos mais beneficiados pelo acordo comercial. (Crédito: Pexels)

O gabinete do primeiro-ministro britânico informou que no ano passado o Reino Unido exportou 60 bilhões de libras em mercadorias para os países do bloco. Apenas os produtores de leite negociaram mais de 23 bilhões de libras, em 2022, com Canadá, Chile, Japão e México e devem “se beneficiar de tarifas mais baixas”, acrescentou.

Além dos benefícios fiscais o bloco pretende destravar burocracias para empresas britânicas, que pretendem oferecer serviços para os onze países membros. Sunak ainda reforçou que a prestação de serviço com países do bloco representou 43% de todo o comércio do Reino Unido em 2022. “No fundo, somos uma nação aberta e de livre comércio”, concluiu o primeiro-ministro.