INTERNACIONAL

Putin garante que não está louco, mas volta a ameaçar com ataque nuclear

Presidente assegura que arsenal russo é o "mais avançado e moderno do mundo"

Por: Carlos Taquari
Da redação | 7 de dezembro de 2022 - 21:55

Em entrevista à televisão estatal, em Moscou, o presidente Vladimir Putin voltou a acenar com a possibilidade de utilizar armas nucleares na guerra contra a Ucrânia. Putin chegou a declarar que ele e seus comandantes militares “não enlouqueceram”, mas que estão decididos a defender suas posições “com todos os meios disponíveis”.

“Sabemos o que significa o uso de armas nucleares”, disse Putin, mas ele não descartou esse recurso extremo, caso o comando militar do país entenda que será necessário. Ao se referir ao arsenal nuclear da Rússia, ele assegurou que se trata “do mais avançado e moderno do mundo”. E acrescentou: “Esse é um fato óbvio”.

Putin: desgaste (Foto: Kremlin.ru)

Putin descarta nova convocação de reservistas. (Foto: Kremlin.ru)

Mais adiante, na mesma entrevista, ele descartou uma nova convocação de reservistas, como chegou a ser cogitado nos últimos dias, nas redes sociais. Ele disse que não vê sentido em uma nova mobilização, após o recrutamento de 300 mil soldados entre Setembro e Outubro. Atualmente, existem 150 mil militares russos na Ucrânia. Desse total, 77 mil estão em unidades de combate e os restante permanece em posições defensivas.

Ao comentar a situação do conflito na Ucrânia, que já se estende por dez meses, o presidente russo disse não acreditar que um desfecho possa estar próximo. “Trata-se, segundo ele, de um longo processo”, mas que confia na vitória de suas tropas. Depois de prometer uma guerra relâmpago e uma rápida vitória, agora o governo russo se recusa a fazer novas previsões sobre o final do conflito. Analistas militares acreditam que os combates vão se estender por todo o inverno e que não se pode fazer previsões realistas em relação a um eventual cessar-fogo e negociações de paz.

Embora tenha ocupado grandes extensões do território ucraniano, o governo de Moscou vem se queixando, nos últimos dias, de que a Ucrânia tem lançado ataques com drones contra alvos russos dentro de seu território. O Kremlin também já anunciou o propósito de anexar as áreas ocupadas, que passariam a pertencer à Rússia.

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