Governo norte-americano retoma concessão de vistos para investidores
Para aqueles que sonham com um Green Card, ou o EB-5, o visto que autoriza uma pessoa e seus familiares mais próximos a residirem de forma permanente nos EUA, a porta está aberta novamente. Mas só para quem puder dispor de, pelo menos, US$800 mil dólares – mais de 4 milhões de reais – para investir em negócios nos Estados Unidos.
Na verdade, esse é o valor mínimo, com as seguintes condições: o investimento tem que ser feito em algum empreendimento situado em área “economicamente deprimida”, ou seja, regiões mais empobrecidas. E é preciso gerar pelo menos 10 empregos.Para aqueles que desejarem investir em outras áreas, o valor sobe para US$1,05 milhão.
Entre 2008 e 2021, essa modalidade de investimento atraiu US$37 bilhões em investimentos estrangeiros para os Estados Unidos. A maioria dos investidores é de chineses e indianos, mas também se destacam russos e, em menor escala, latino-americanos. Esses últimos buscam, principalmente, investimentos no setor imobiliário de Miami.
Mas, em 2021, o Congresso norte-americano suspendeu esse programa de vistos. A decisão deixou cerca de 100 mil investidores, que já haviam entrado com pedidos de concessão do visto EB-5, na fila de espera. Juntos, eles representam cerca de US$15 bilhões em futuros empreendimentos.
Levantamento feito pela consultoria Henley & Partners indica que, só na China, cerca de 10 mil milionários planejam se candidatar a um Green Card, além dos que já se candidataram. Na Índia, o número é de cerca de 8 mil pessoas, entre os que ainda pretendem entrar com os pedidos.
A retomada do programa destinado a atrair investidores faz parte da estratégia do governo norte-americano de tentar turbinar a economia do país, ameaçada por uma recessão.
Ainda como parte dessa estratégia, o governo do presidente Joe Biden enviou ao Congresso e garantiu a aprovação de uma lei destinada a evitar distorções no programa de vistos. A nova legislação visa proteger os investidores contra fraudes, como as já registradas, desde o início do programa, em 2008. Houve casos em que os estrangeiros aplicaram seu dinheiro em investimentos imobiliários, na região de Chicago que, simplesmente, não saíram do papel.