Foi o primeiro reconhecimento das autoridades sul-coreanas de que não fizeram o suficiente para evitar catástrofe
Após sofrer intensa pressão política, o chefe de polícia da Coreia do Sul, Yoon Hee-keun, declarou que a resposta de emergência dada pelos policiais ao tumulto que matou 156 pessoas por esmagamento em Seul foi inadequada. Yoon reconheceu que as autoridades não fizeram o suficiente para evitar a tragédia.
O ministro do Interior, Lee Sang-min, também pediu desculpas pelo tumulto que, além dos mortos, feriu outras 152 pessoas. “É muito triste para mim como pai que tem um filho e uma filha… é difícil expressar em palavras o quão irreal esta situação é, e é difícil aceitar esta situação”, disse ele.
O esmagamento coletivo de pessoas aconteceu no sábado a noite (29/10) quando cerca de 100 mil pessoas se reuniram em Itaewon, no centro de Seul, na maior festa de Halloween do país. O bairro de Itaewon é famoso por seus bares, clubes e restaurantes e atrai muitos jovens sul-coreanos e estrangeiros.
As vítimas foram pisoteadas em uma rua estreita após um tumulto que as autoridades ainda não sabem como começou. Muitas das vítimas fatais são mulheres na casa dos 20 anos.
Uma investigação paralela vai apontar se a polícia demorou a agir no controle do distúrbio e se a tragédia poderia ter sido evitada.
Em declaração recente, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol disse que o tumulto expôs uma carência do país asiático com relação ao gerenciamento de multidões e a falta de pesquisas sobre o assunto.
“Em vez de criticar se o evento teve um organizador ou não, é a segurança das pessoas que é importante, e precisamos apresentar medidas completas”, disse o presidente. Ele sugeriu que, a partir de agora, a polícia comece a usar drones e outros recursos digitais para fazer o gerenciamento de multidões em eventos.