INTERNACIONAL
Papa emérito Bento XVI está "muito doente", diz Francisco

Papa Francisco diz que Bento XVI está “muito doente” e pede orações

Bento, de 95 anos, que renunciou ao cargo em 2013, está bastante debilitado e papa Francisco pede que fieis rezem por ele

Por: Mario Augusto
Da redação | 28 de dezembro de 2022 - 11:45
Papa emérito Bento XVI está "muito doente", diz Francisco
O papa Francisco declarou nesta quarta-feira (28/12) no Vaticano que o papa emérito Bento XVI, de 95 anos, está muito doente e pediu aos católicos que rezem por ele. O ex-pontífice foi o primeiro líder da Igreja Católica a renunciar ao cargo em 600 anos. Alegando idade avançada, em 2013, Bento XVI se recolheu ao mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, onde se dedica desde então à leitura, estudo, escrita e oração.
Após a declaração do papa Francisco, o Vaticano confirmou que a saúde do papa emérito havia piorado nas últimas horas. A mensagem de Francisco foi interpretada como prenúncio de que a morte de Bento XVI estaria próxima.
Papa emérito Bento XVI está "muito doente", diz Francisco

Francisco pede orações da Igreja ao papa Bento XVI. (Vatican Media)

Depois de se dirigir aos fiéis durante uma audiência no salão Paulo VI do Vaticano, Francisco foi visitar Bento XVI no mosteiro Mater Ecclesiae. Aliás, o papa Francisco revelou no início do mês que visita frequentemente o papa aposentado, a quem se refere como um “santo” e um homem de elevada vida espiritual.

De acordo com o papa Francisco, apesar da saúde frágil, Bento XVI mantém a lucidez e o senso de humor. “Ele fala baixinho, mas segue sua conversa”, disse o pontífice.

A história de Bento XVI

Joseph Ratzinger nasceu na Alemanha em 16 de abril de 1927. Exerceu o pontificado de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013, quando oficializou sua abdicação.

O último papa a renunciar foi o papa Gregório XII em 1415. Uma cláusula do Direito Canônico estipula que uma renúncia papal é válida se a decisão for tomada livremente e devidamente manifestada.
Bento XVI assumiu o comando no momento em que surgia uma onda de denúncias de abusos sexuais de crianças por padres em diversas partes do mundo.

As dioceses locais e o Vaticano foram acusados de encobrir muitos dos casos, prevaricando sobre a punição de padres pedófilos e às vezes transferindo-os para novos postos onde continuaram os abusos.

Bento reconheceu abusos na Igreja

O próprio Bento XVI reconheceu que erros foram cometidos no tratamento de casos de abuso sexual quando ele foi arcebispo de Munique entre 1977 e 1982. Em uma carta divulgada pelo Vaticano, o ex-pontífice pediu perdão por qualquer “falha grave”, mas Bento negou qualquer irregularidade pessoal.

Um relatório alemão da Igreja Católica concluiu que Joseph Ratzinger deixou de agir em quatro casos de abuso sexual infantil enquanto era arcebispo de Munique.

Papa emérito Bento XVI está "muito doente", diz Francisco

+ DESTAQUES