Revelação consta dos documentos secretos dos EUA que vazaram recentemente nas redes sociais
Além da grande quantidade de armas e munições, países ocidentais também enviaram soldados para apoiar a Ucrânia na guerra contra as tropas invasoras da Rússia. Documentos dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, vazados para as redes sociais, revelam que o Reino Unido, França e EUA despacharam tropas de elite para auxiliar o exército ucraniano na tarefa de conter os russos.
O contingente é pequeno. No total, são menos de 100 soldados e oficiais. Mas trata-se de militares altamente treinados para operações nas frentes de combate. O maior número é de britânicos: 50, seguindo-se a Letônia, com 17, a França com 15 e os EUA com 14, além de uns poucos de outros paises da OTAN, a aliança militar do Ocidente.
O Ministério da Defesa do Reino Unido divulgou um comunicado informando que o conteúdo vazado nas redes sociais apresentava “um grave nível de imprecisão” ao afirmar que as forças forças especiais do país estavam mobilizadas na guerra da Ucrânia. “Os leitores devem ser cautelosos ao aceitar alegações de valor nominal que têm o potencial de espalhar desinformação”, diz o comunicado do Ministério da Defesa. Os Estados Unidos também tentaram desqualificar as informações, embora os dados constem de documentos dos serviços norte-americanos de inteligência militar.
Verdade ou mentira, o vazamento de documentos secretos da inteligência americana sobre a presença de militares ocidentais na Ucrânia provavelmente será usado pelo Kremlin, para reforçar a narrativa de que a Rússia está sob ataque das forças da OTAN.
O número de militares supostamente mobilizados na guerra é pequeno, mas considerando que são integrantes de forças especiais, apresentam um alto nível de treinamento e podem causar grande impacto nas forças inimigas. O Reino Unido e os EUA, por exemplo, têm várias unidades militares de elite que estão entre as melhores do mundo.
Risco imediato
No início da semana, autoridades americanas alertaram que o material mais sensível revelado publicamente traz um sério risco para a segurança nacional. E que a divulgação de informações classificadas e confidenciais pode não apenas ter enormes consequências para a segurança nacional, mas também levar à morte” de pessoas expostas pelo vazamento, disse o porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Chris Meagher.
A Casa Branca tenta remediar os danos causados pela divulgação não autorizada e trabalha para tranquilizar os aliados sobre a segurança de dados no país. Parte do material compartilhado refere-se às agências de inteligência de Israel e do Reino Unido.
Apesar disso, as próprias autoridades americanas reconheceram que muitos arquivos são genuínos, muito embora alguns tenham sido editados, como o que informa sobre o número de vítimas ucranianas na guerra.