Robôs poderão fazer cerca de um quarto de todo o trabalho, mas há tarefas que eles ainda não conseguem executar
De acordo com um novo estudo sobre o alcance da inteligência artificial, pelo menos 25% de toda a mão de obra humana poderá ser substituída, em pouco tempo, pelos robôs orientados pelos softwares mais sofisticados já criados até agora. Mas há empregos que os computadores não conseguirão assumir, pelo menos por enquanto, segundo os especialistas. Entre essas funções, destacam-se jornalistas investigativos, consultores de negócios, enfermeiros. Mas a lista vai além e inclui psicólogos e psiquiatras, na área da inteligência emocional, além de especialistas em trabalhos criativos, como a publicidade.
Isso não significa necessariamente que todos os trabalhos criativos sejam seguros. Na verdade, tarefas como design gráfico e artes visuais podem estar entre os primeiros a desaparecer; algoritmos básicos podem direcionar uma IA para analisar milhões de imagens, permitindo que a computação domine a tarefa instantaneamente. Mas há alguma segurança em outros tipos de criatividade, na ciência, na medicina e no direito.
Outra zona segura são trabalhos que exigem muita mobilidade e capacidade de resolução de problemas em ambientes imprevisíveis. Muitos empregos comerciais – como: eletricistas, encanadores, soldadores e afins – se enquadram nesse guarda-chuva.
Embora os humanos provavelmente permaneçam em empregos citados acima, isso não significa que essas profissões estejam totalmente salvas da ascensão da IA. Para Joanne Song McLaughlin, professora de economia do trabalho na Universidade de Buffalo, nos EUA, a maioria dos empregos, independentemente do setor, tem aspectos que provavelmente serão automatizados pela tecnologia.
Embora um robô possa fazer um trabalho melhor em encontrar o câncer no paciente, a maioria das pessoas ainda vai querer um médico – uma pessoa real. Isso é verdade para quase todos os trabalhos, e, portanto, desenvolver essas habilidades distintamente humanas devem levar os profissionais a realizarem as tarefas ao lado da IA, afirma McLaughlin. No campo da Medicina, ainda que os robôs possam ser programados para realizar determinadas cirurgias, será preciso uma mão humana para conduzí-lo.
Resumindo, buscar funções em ambientes dinâmicos e mutáveis que incluem tarefas imprevisíveis é uma boa maneira de evitar a perda de empregos para a IA. Pelo menos por enquanto.
Apesar de todas essas ressalvas, estudo realizado pelo banco de investimentos Goldman Sachs indica que a União Europeia e os EUA, possuem 300 milhões de empregos que podem ser feitos pela automação.