A boa notícia é que é possível reverter seus efeitos em apenas alguns dias
O fato de que o estresse acelera o envelhecimento, trazendo rugas e cabelos brancos não deixa mais dúvidas. Uma pesquisa da Escola de Medicina da Duke University, da Carolina do Norte, mostrou que a idade biológica aumenta rapidamente em resposta às várias formas de estresse. Entre outras, a maioria das doenças, cirurgias e gravidez, entre outras.
Por meio de monitoramento do DNA, os pesquisadores mediram mudanças na idade biológica, primeiramente em camundongos, depois em humanos, após estímulos estressantes. Foi observado que sim, a forma como os indivíduos reagem à situações, de forma menos ou mais estressante, impacta diretamente no aumento de sua idade biológica. Isso explica porque algumas pessoas podem ter a mesma idade cronológica, mas diferente idade biológica.
Recuperação
Mas, antes que você se irrite ou se estresse com a notícia, os pesquisadores mostraram que o controle e a recuperação ao estresse tende a voltar a idade biológica ao seu nível original. Ou seja, após vivenciar situações extremas, se o indivíduo consegue se recuperar em um período de tempo relativamente curto, de apenas alguns dias, ele consegue voltar a sua idade biológica para a que possuía, antes do aumento ocorrido.
“A redução da idade biológica e a capacidade de se recuperar do estresse podem ser determinantes cruciais do envelhecimento bem-sucedido e da longevidade”, destaca Vadim Gladyshev, um dos autores do estudo. Entretanto, os próprios autores do estudo afirmaram que há ainda muito caminho a trilhar a partir destas descobertas.
Algumas situações que os pesquisadores citam de exemplo é o estresse gerado no parto, durante cirurgias de grande porte e até a Covid-19. “As descobertas implicam que o estresse severo aumenta a mortalidade, pelo menos em parte, pelo aumento da idade biológica. Finalmente, a idade biológica pode ser um parâmetro útil na avaliação do estresse fisiológico e seu alívio”, afirmou Gladyshev.
Para o doutor James White, outro participante do estudo, “os resultados revelam uma nova visão do envelhecimento, que deve ser considerada em análises futuras. Uma área chave para uma investigação mais aprofundada é entender como as elevações transitórias na idade biológica ou a recuperação bem-sucedida de tais aumentos podem contribuir para o envelhecimento acelerado ao longo da vida”, conclui.