SAÚDE
Foto de Luca Iaconelli na Unsplash

Olhos, janela da alma? Na verdade, do envelhecimento!

Pesquisadores descobrem que análise de vasos da retina ajuda na identificação de doenças com o avanço da idade

Por: Júlia Castello
Da redação | 1 de abril de 2023 - 20:55
Foto de Luca Iaconelli na Unsplash

Pesquisadores do Buck Institute for Research on Aging, nos Estados Unidos, em parceria com o Google Health e o Zuckerberg San Francisco General Hospital, descobriram uma nova forma de analisar o envelhecimento humano. Sim, observando os olhos!

Diferente de outros marcadores, como o sangue que pode sofrer alterações por simples ações do dia a dia, como uma refeição ou infecção leve, as varreduras da retina não são apenas  um método mais seguro, como mais barato e menos invasivo.

Exame da retina: mais barato e menos invasivo. (Foto: Pexels)

Resultados

De acordo com o professor do Buck Institute e um dos responsáveis pela pesquisa, Pankaj Kapahi, a imagens do tecido da retina, que é rico em vasos sanguíneos, ajuda a acompanhar o o envelhecimento e várias doenças relacionadas à idade. Por meio de alterações nestes vasos da retina é possível identificar a degeneração macular relacionada à idade (AMD), a retinopatia diabética, Parkinson e até a doença de Alzheimer.

“Os resultados sugerem que, potencialmente, em menos de um ano, poderemos determinar a trajetória do envelhecimento com 71% de precisão, observando mudanças perceptíveis nos olhos daqueles que estão sendo tratados, fornecendo uma avaliação acionável da terapêutica geroprotetora”. explica Kapahi, em um comunicado à imprensa.

Importância

Por mais surpreendente que possa parecer, quaisquer mudanças sutis no sistema vascular aparecem primeiro nos menores vasos sanguíneos, sendo e os capilares da retina entre os menores do corpo. Por isso, seu estudo são essenciais e mais precisos para acompanhar o envelhecimento e aparecimento de doenças.

“Estamos olhando para o envelhecimento através de uma lente diferente e trazendo mais informações para a mesa. Esperamos que o ‘eyeAge’ (nome dado a técnica) seja utilizado junto com outros medidores para tornar o rastreamento do envelhecimento mais robusto, poderoso e abrangente”, conclui Kapahi.

O estudo completo foi publicado na revista eLife.

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