Mais de 17 mil pessoas já pediram asilo desde abril sobrecarregando os serviços públicos
O prefeito de Nova York, o democrata Eric Adams, declarou estado de emergência em resposta a milhares de imigrantes levados de ônibus, da fronteira sul dos EUA para a cidade, nos últimos meses, numa disputa política sobre segurança na fronteira.
A cidade calcula gastar cerca de 1 bilhão de dólares (mais de 5 bilhão de reais) para administrar esse fluxo de pessoas, disse Adams em um discurso na prefeitura. Mais de 17.000 chegaram a Nova York desde abril sobrecarregando o sistema de abrigos para sem-teto.
O governador do Texas, Greg Abbott, um republicano que busca um terceiro mandato nas eleições de meio de novembro, transportou mais de 3.000 imigrantes para Nova York. Adams criticou Abbott por não alertar as autoridades da cidade ao enviar migrantes para a cidade, chamando-a de “crise fabricada”.
As medidas de Abbott fazem parte de uma estratégia iniciada por ele e pelos governadores republicanos da Flórida e do Arizona para denunciar as travessias recordes na fronteira EUA-México. Eles argumentam que o presidente democrata Joe Biden não conseguiu proteger a fronteira direito. Abbott também transportou mais de 900 pessoas para Chicago, enquanto Texas e Arizona juntos transportaram mais de 10.000 migrantes para Washington, D.C.
“Embora nossa compaixão seja ilimitada, nossos recursos não são”, disse Adams, pedindo ajuda dos governos federal e estadual. “Estamos à beira de um precipício. O estado de emergência tornará mais fácil para as agências da cidade coordenarem uma resposta mais rápida, completou o prefeito.
Nova York não é a primeira cidade a decretar estado de emergência por esse motivo. No mês passado, a prefeita de Washington, D.C., Muriel Bowser, também criou um novo escritório só para atender os novos imigrantes.