Entre as 34 acusações que pesam contra o ex-presidente, ele teria pago um porteiro para não revelar a existência de um filho fora do casamento
Donald Trump compareceu perante um Tribunal de Manhattan, onde ouviu pelo menos 34 acusações criminais, entre elas a de falsificação de registros bancários relacionada ao dinheiro pago para garantir o silêncio da ex-atriz pornô Stormy Daniels. Apesar das informações de que ele seria poupado de alguns constrangimentos, como o uso de algemas, Trump teve que deixar as impressões digitais.
Depois de ouvir todas as acusações e se declarar inocente, Trump foi liberado e retornou para a Flórida, onde fez um discurso para seus apoiadores se defendendo das acusações.
Além do caso que envolve Stormy Daniels, Trump também foi acusado de pagar 150 mil dólares a uma ex-coelhinha da Playboy, Karen McDougal, e mais 30 mil dólares a um porteiro do prédio que ele possui, em Nova York, em ambos os casos para comprar o silêncio. No caso da jovem, por conta um namoro que tiveram. E o porteiro para que não revelasse que Trump teria um filho fora do casamento.
Entre as acusações que pesam contra o ex-presidente inclui-se a denúncia de que agiu de forma criminosa, segundo a promotoria, para impedir que determinados fatos viessem à tona e prejudicassem sua campanha eleitoral, em 2016.
Integrantes do Partido Republicano se reuniram em frente ao prédio do Tribunal para manifestar apoio ao ex-presidente. Outros grupos, contrários a Trump, pedem que ele seja mantido preso.
Veja o vídeo do ex-presidente, Donald Trump se entregando:
Trump foi acusado de simular pagamentos de honorários advocatícios para ocultar o suborno de US$ 130 mil pago à ex-atriz com quem manteve relações íntimas, em um caso de infidelidade conjugal, uma vez que, em 2006, o ex-presidente já estava casado com a atual esposa, Melania Trump.
Após a acusação formal, Trump ele passou por alguns procedimentos judiciais, mas o escritório do procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, concordou em poupar o ex-presidente de certas medidas, como o uso de algemas e a foto criminal do réu, o que poderia causar grande constrangimento público.
De acordo com o código penal do estado de Nova York, uma condenação pelo crime de falsificação de registros comerciais pode resultar em prisão de até quatro anos. Mas, como réu primário, Trump não deve ser preso por esse crime, mas por outros mais graves que mantêm conexão com o primeiro.
O grande júri de Manhattan indiciou o ex-presidente com base em evidências sobre um pagamento de US$ 130 mil feito a Stormy Daniels nos últimos dias da campanha presidencial em 2016. A ex-estrela pornô disse que foi paga para manter silêncio sobre um encontro sexual que teve com Trump em um hotel de Lake Tahoe em 2006.
Trump nega um relacionamento sexual, mas reconheceu ter reembolsado seu ex-advogado pessoal Michael Cohen pelo pagamento. Cohen se declarou culpado por violações da lei federal de financiamento de campanha e foi condenado a três anos de prisão e foi uma das testemunhas na investigação de Manhattan no mês passado.
Uma acusação, ou mesmo uma condenação, não impede legalmente que Trump se candidate à presidência. Ele pretende concorrer à presidência novamente em 2024 e nega irregularidades, denunciando o caso contra ele como um “processo político”.