O sucesso da nave "Orion" será fundamental para o envio de astronautas na próxima missão do projeto, previsto para 2024
O sucesso do lançamento do foguete “Artemis I” na semana passada é um grande passo para a volta do homem à Lua. Mais de 50 anos após o homem pisar a primeira vez em solo luna, em julho de 1969, Howard Hu, que lidera o programa de espaçonaves lunares, revelou que a Nasa tem planos para que pessoas vivam na Lua ainda nesta década.
O projeto em desenvolvimento será diferente daquele que levou os primeiros homens ao satélite, no final dos anos 60. O plano que a nave que desça na Lua seja uma pequena habitação, que permita aos astronautas permanecer no local de aterrissagem por mais tempo.
A primeira missão do “Artemis” não é tripulada. Mas na nave “Orion” a Nasa colocou um manequim que vai registar os impactos do voo no corpo humano. Se for bem sucedida, o próximo voo terá tripulação, seguido por um terceiro, em que os astronautas pousarão na Lua.
Em entrevista para a rede de TV britânica BBC, Hu afirmou que até o momento tudo ocorre bem com o “Artemis I” e que a fase mais crítica da missão é trazer o módulo “Orion” de volta à Terra em segurança. Com uma velocidade de 38 mil quilômetros por hora, o que equivale a 32 vezes a velocidade do som, a parte inferior da aeronave está sujeita a uma temperatura próxima a 3 mil graus celsius na reentrada. A “Orion” deve retornar à Terra no dia 11 de dezembro.
O atual voo do “Artemis I” ocorreu após a terceira tentativa de lançamento pela Nasa. Antes, dois voos foram abortados ainda durante a contagem regressiva, devido a problemas técnicos. Os esforços para voltar à Lua, é segundo Hu a possibilidade de descobrir se há água no polo sul do satélite. Esta água seria necessária e fundamental para a conversão de combustíveis para as naves irem ainda mais longe no espaço, como Marte.
Além disso, segundo Hu, viver na superfície da Lua será muito importante para o desenvolvimento da ciência. De acordo com ele a “Orion” permite que seja possível viver e pesquisar em um ambiente planetário não ideal para a vida humana. “Será realmente muito importante para nós aprender um pouco para além da órbita da Terra e dar um grande passo para quando formos para Marte”, completou.