Tecnologia transforma pensamentos em imagens, pela leitura da atividade cerebral, com 80% de precisão
A inteligência artificial agora avança no terreno da leitura da mente, por meio do escaneamento da atividade cerebral. Pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, utilizaram a IA da empresa OpenAI, para ativar uma nova função de scanners cerebrais. Com isso a Inteligência Artificial reconstruiu imagens de alta resolução, com 80% de precisão, do que se está se passando na mente da pessoa naquele momento.
Cada um dos quatro participantes da pesquisa visualizou um conjunto de 10 mil imagens. Por meio do que foi pensado, a inteligência artificial conseguiu gerar as imagens apenas “lendo” a atividade cerebral. De acordo com Yu Takagi, um dos autores do estudo, os scanners utilizados no teste detectam mudanças no fluxo sanguíneo em áreas ativas do cérebro.
Os neurônios consomem mais oxigênio quando está se esforçando, ou seja, pensando. Por meio desta identificação realizada pelos scanners, a inteligência artificial conseguiu extrair informações de partes do cérebro envolvidas na percepção de imagens, como os lóbulos occipital e temporal e, posteriormente, reproduzi-las.
Em um artigo publicado, os autores comemoram os resultados da pesquisa. “Ao contrário de estudos anteriores de reconstrução de imagens, nosso método não requer treinamento ou ajuste fino de modelos complexos de aprendizado profundo”.
Máquina de leitura da mente
Atualmente, pesquisadores de todo o mundo têm estudado as combinações da inteligência artificial com os scanners cerebrais. O objetivo é que possam ser utilizados em avanços na área da própria ciência, como da medicina. Apelidada de “máquina de leitura da mente”, pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, utilizaram em novembro do ano passado, a tecnologia para analisar as ondas cerebrais não verbais de pacientes com paralisias e transformá-las em palavras na tela do computador em tempo real.
Os resultados dos testes mostraram que o dispositivo tem o potencial de restaurar a comunicação com pessoas que não conseguem falar ou digitar. A inteligência artificial conseguiu produzir frases de um vocabulário de 1.152 palavras a uma velocidade de 29,4 caracteres por minuto e uma taxa média de erro de 6,13%. Com o passar do tempo e aprendizagem, a tecnologia passou a ter acesso a um vocabulário de mais de 9 mil palavras.