A imprensa internacional dedica amplos espaços ao Dia da Independência do Brasil, destacando a tensão por temores de que poderia ocorrer uma tentativa de golpe por parte do atual governo e também de confrontos entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e de seu principal opositor, Luiz Inácio Lula da Silva.

A CNN dos Estados Unidos publicou em seu site que Bolsonaro “distorce o feriado nacional para fins partidários”. A reportagem afirma que, além do desfile e eventos oficiais do Dia da Independência, o país se prepara para manifestações de apoio à reeleição do presidente e de seu principal adversário, Lula.

A agência de notícias Reuters focou nas manifestações que já começaram na madrugada de terça-feira (dia 06/08) e divulgou próximo à hora do almoço falas do presidente no discurso de Brasília: “Nossa batalha é uma luta entre o bem e o mal”, ressaltou a agência, explicando que ele se dirigiu a seus apoiadores a bordo de um caminhão de som, enquanto seus seguidores exibiam faixas pedindo intervenção militar no Supremo Tribunal Federal.

O Washigton Post e o El País evidenciaram que o feriado da Independência transformou-se em evento político, às vésperas das eleições presidenciais.

O La Nación, de Buenos Aires, fala sobre o reforço de segurança em Brasília para evitar tumultos em Brasília, onde houve grande concentração de publico pela manhã.

Artigo do New York Times conta que no Dia da Independência, transformado em palco político, os apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto, já discutem “quem serão os próximos ministros”. Enquanto isso, enfatiza o texto, o presidente Jair Bolsonaro tem passado as últimas semanas tentando desacreditar o processo eleitoral e a Suprema Corte. “Ele trata a eleição como se ela fosse um estorvo, um incômodo”. Segundo o jornal, Bolsonaro “não está preparando um golpe, mas uma revolução”.