Mais de 2,3 milhões de pessoas se manifestaram em toda a França contra a reforma da previdência aprovada pelo governo de Emmanuel Macron, de acordo com os números divulgados pela Confederação Geral dos Trabalhadores – CGT. A polícia francesa prendeu dezenas de manifestantes e balas de borracha e bombas de gás lacrimogênio foram disparadas contra a multidão. Alguns países denunciaram a França na ONU alegando violência policial. Segundo o Ministério do Interior, o número de manifestantes foi bem menor: cerca de 780 mil.

Os manifestantes quebraram janelas de bancos, danificaram paradas de ônibus, destruíram bicicletas e lançaram pedras e outros objetos contra os policiais. Segundo o governo, mais de 100 policiais ficaram feridos. Os confrontos têm se tornado frequentes depois que Macron aprovou, por decreto, a mudança que aumenta a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos, a partir de 2030.

Manifestantes entram em confronto com a Polícia em Paris, na França. (Crédito: AP)

Um porta-voz da polícia disse: “Houve uma desordem generalizada em toda a cidade, com mais de 55 detenções.”  No entanto, a Confederação Geral do Trabalho (França) afirma que o número de prisões e feridos é muito maior do divulgado pelas autoridades. Embora a maioria fosse pacífica, grupos de manifestantes entraram em choque a polícia, em Paris e outras cidades.

As manifestações repercutiram nas Nações Unidas, onde houve protestos contra a violência policial. “A França deve tomar medidas para abordar, de forma transparente, as denúncias sobre o uso excessivo da força por parte da polícia contra manifestantes”, declarou o representante da Suécia junto ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, na Suíça.