COMPORTAMENTO

Local onde você está ou mora altera o grau de felicidade

Pesquisadores japoneses recorreram à tecnologia para analisar as emoções de mais de 200 mil pessoas

Por: Júlia Castello
Da redação | 2 de fevereiro de 2023 - 21:55

Pesquisa realizada por universidades do Japão estabelece uma relação entre o lugar onde as pessoas moram, ou se encontram em determinado momento, com o grau de felicidade. Os pesquisadores analisaram quase dois milhões de postagens no Twitter de 200 mil pessoas nas cidades de Londres, na Inglaterra, e São Francisco, nos Estados Unidos. As datas e locais se conectam diretamente ao estado emocional das pessoas.

Posts feitos no transporte público apontam tristeza nas pessoas. (Crédito: Pexels)

Em ambas as cidades, tweets de dentro de estações de trem, em pontes e em outros locais de transporte tendem a mostrar menos alegria e mais raiva. Enquanto tweets em hotéis e restaurantes, ou em datas como o ano novo mostram níveis mais alegria e felicidade.

Metodologia 

A pesquisa japonesa se utilizou de ferramentas computacionais chamadas de redes neurais. Por meio da inteligência artificial, ela ensina os computadores a processar dados de uma forma semelhante ao cérebro humano. Dessa forma, por meio dos tweets foi possível analisar sentimentos de raiva, antecipação, repulsa, medo, alegria, tristeza, surpresa ou confiança. A pesquisa foi publicada em um artigo na revista científica, ”PLoS ONE”.

Cidades com boa infraestrutura tendem a ter cidadãos mais felizes. (Crédito: Pexels)

“Nosso estudo destaca como é possível retratar as características de emoções refinadas em um nível espacial e temporal detalhado em toda a cidade, usando fontes de dados disponíveis publicamente”, diz o autor do estudo Panote Siriaraya, que é pesquisador do Instituto de Tecnologia de Kyoto.

A pesquisa tem se mostrado importante para chamar atenção à necessidade do planejamento urbano e o impacto da infraestrutura na vida das pessoas. Outros estudos, como da Vancouver School of Economics, no Canadá, mostrou que o índice de felicidade e bem-estar era maior em pequenas cidades, em comparação com capitais e metrópoles.

De acordo com relatório anual da revista britânica The Economist, que classifica as melhores e piores cidades do mundo para se viver: “Estabilidade e boa infraestrutura são os principais encantos da cidade para seus habitantes, respaldados por bom atendimento médico e muitas oportunidades de cultura e entretenimento.”

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