Ex-modelo da Playboy admitiu ter recebido US$ 150 mil para não revelar relação extraconjugal com ex-presidente
A maquiagem nos registros contábeis do ex-presidente dos Estados Unidos esconde o pagamento feito a uma outra mulher, além de Stormy Daniels: Karen McDougal, ex-coelhinha da Playboy, com quem Trump teve um relacionamento, em 2006. Entre as 34 acusações formuladas pela promotoria distrital de Nova York também consta o pagamento de suborno a McDougal.
De acordo com documentos apresentados pelo promotor Alvin Bragg há um pagamento foi feito em nome de Trump para a “Mulher 1” – que as evidências sugerem ser Karen McDougal.
McDougal revelou ter tido um caso extraconjugal com o ex-presidente Trump, que se prolongou por dez meses, mas o ex-presidente sempre negou esse fato. Segundo ela, eles se encontravam pelo menos 5 vezes por mês.
Nascida em Gary, no estado da Indiana, Karen McDougal começou a trabalhar como modelo aos 20 anos em competições de moda praia. Em 1998, ela posou para a revista masculina Playboy, onde ganhou o prêmio de Playmate do ano e também foi eleita a “Playmate dos anos 90”. Karen também trabalhou como modelo fitness e, no ano seguinte, foi a primeira mulher a aparecer na capa da revista Men’s Fitness. A modelo apareceu em anúncios de TV e desempenhou papéis secundários em filmes como Charlie’s Angels.
Uma mulher bonita, jovem e que estava em evidência, ingredientes que teriam chamado a atenção de Trump. De acordo com relatos de McDougal, ela e Trump se conheceram na mansão da Playboy em Los Angeles, onde o empresário e apresentador gravava um episódio do programa “O Aprendiz”.
Em 2016, durante a corrida eleitoral para a Casa Branca, McDougal assinou um acordo de confidencialidade no valor de US$ 150 mil para contar a sua história com exclusivamente para o tabloide National Enquirer, mas a reportagem nunca foi publicada. O acordo a proibia de falar publicamente sobre o suposto caso.
A ex-modelo alega que foi induzida a ficar em silêncio pois, segundo ela, o jornal comprou a história deliberadamente para depois enterrá-la. O National Enquirer teria feito isso de forma premeditada para suprimir histórias negativas sobre Trump durante a campanha eleitoral.
Cinco anos depois, em 2021, a Comissão Eleitoral dos EUA, descobriu que o editor do jornal violou as leis eleitorais ao pagar pelos direitos da história da modelo para nunca publicá-la. E a descoberta mais grave é que o dinheiro pago a McDougal veio de uma contribuição ilegal de campanha.
Atualmente Karen McDougal se apresenta como modelo, colunista e advogada. Ela também virou ativista de conscientização sobre a “doença dos implantes mamários”, alegando que seus implantes mamários a deixaram doente e, por isso, removeu as próteses em 2017.
Em 2018, Karen pediu desculpas publicamente à esposa de Trump, Melania, por ter se envolvido em um relacionamento extraconjugal com o marido dela. “Sinto muito. Não gostaria que fizessem isso comigo”, declarou na época.
“Quando olho para trás, para onde eu estava naquela época, sei que está errado. Eu realmente sinto muito por isso. Eu sei que é uma coisa errada a se fazer”, admitiu McDougal.